(Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, responsabilizou nesta segunda-feira o PT pelo rombo nas contas públicas do país e disse ser possível reequilibrá-las sem a necessidade de elevar impostos.
Em campanha em Pelotas, no Rio Grande do Sul, ao lado de sua candidata a vice, a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP), Alckmin disse que o Brasil vive um momento de encruzilhada entre o caminho das reformas e o “caminho do berro”.
“A PEC do Teto não precisaria existir se não existisse o PT, que quebra o governo para ganhar eleição. Nós vamos para o sexto ano de déficit primário. Isso vai quebrar o país”, disse Alckmin, de acordo com nota divulgada por sua campanha e referindo-se à emenda constitucional que limita por 20 anos o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior.
“As pessoas não acreditam que dá para cortar gasto. Acham que, sem aumentar imposto, não tem solução. Tem sim. Governante tem que zelar pelo dinheiro do povo”, acrescentou o tucano a jornalistas após visitar um centro de atendimento a portadores de autismo.
O ex-governador de São Paulo voltou a tecer elogios à sua companheira de chapa e, sem citar diretamente o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, disse que o Brasil não vai mudar “no grito”.
“Nosso país está em uma encruzilhada: ou trilha o caminho das reformas, ou o caminho do berro. Mas o Brasil não vai mudar no grito, com violência. Vai mudar com reformas, com diálogo”, assegurou.
Alckmin, que vem encontrando dificuldades para engrenar nas pesquisas, aposta na propaganda eleitoral no rádio e TV, quando terá quase metade do tempo disponível. Bolsonaro lidera as sondagens no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.