Depois de seis anos registrando perda de passageiros pagantes, o transporte coletivo de Curitiba começa a interromper a queda. Pela primeira vez, o número de passageiros que pagou para se locomover de ônibus na capital corresponde ao que foi projetado pela Urbs.
De março, quando começa o período tarifário, a julho deste ano, foram 76.607.282 passageiros pagantes, quase o mesmo que o projetado pela Urbs - 76.801.489.
O número poderia ter sido maior não fosse a greve dos caminhoneiros, entre maio e junho, que paralisou alguns serviços, diminuindo os deslocamentos por ônibus.
“O sistema vem confirmando os dados projetados, isso é muito positivo pois demonstra que a queda no número de passageiros está interrompida”, disse o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
Para o presidente da Urbs, o congelamento da tarifa aos passageiros (R$ 4,25), a melhora na economia, a estabilidade do serviço, que segue sem paralisações e greves, e o início da renovação da frota são fatores que explicam a estabilização deste ano.
Entre março e junho do ano passado, a queda de passageiros em relação à 2016 foi de 12%.
Cálculo
Para calcular os custos do sistema e planejar a operação do transporte, a Urbs projeta para o ano seguinte o número de passageiros pagantes transportado no ano anterior. Para 2018, por exemplo, foi considerado a mesma quantidade de passageiros pagantes de 2017.
Na rede de transporte de Curitiba são transportados por dia, em média, 660 mil pagantes. Somados os isentos esse número chega a quase 800 mil passageiros.