BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, defendeu em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o convite a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) para ser sua vice dizendo que ele e Kátia se completam.
“A Kátia Abreu vem não porque é igual a mim, mas porque é diferente. É mulher, séria, trabalhadora, vem de uma vida linda”, defendeu Ciro, chegando a comparar sua chapa a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de José Alencar, que era empresário.
“Isso é a realidade brasileira. Precisamos encerrar essa luta odienta que está se transformando em violência entre coxinhas e mortadelas. O Brasil não aguenta mais isso”, afirmou.
O candidato foi questionado por ter escolhido a senadora, que foi frequentemente criticada por suas posições favoráveis ao agronegócio e contrárias a algumas pautas da esquerda, com que Ciro teria tentado se aliar.
Ciro, no entanto, negou que tivesse tentado unir a esquerda. “Eu nunca me apresentei assim”, disse.
LUPI
Ciro voltou a defender Carlos Lupi, presidente de seu partido, e afirmou que tem “confiança cega” nele. Confrontado com a informação de que Lupi seria réu em uma ação no Distrito Federal, o candidato mostrou surpresa.
“Ainda não escolhi ninguém como ministro. Mas eu tenho convicção de que ele é um homem de bem. Ele não é réu. A informação que eu tenho é de que ele não responde a inquérito nenhum. Não ofereci nada a ninguém. Mas ele tem minha confiança cega”, disse Ciro.
Lupi é acusado de improbidade administrativa em uma ação que remonta a 2012, quando era ministro do Trabalho no governo de Dilma Rousseff. O ex-ministro é acusado de ter viajado em um avião fretado e pago por Adair Antônio de Freitas Meira, dirigente de uma ONG que teria recebido benefícios do Ministério do Trabalho.