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Ministério Público Estadual de Goiás pede prisão preventiva de médium João de Deus

(Reuters) - O Ministério Público Estadual de Goiás pediu nesta quarta-feira a prisão preventiva do médium João de Deus, acusado por mais de 200 mulheres de assédio sexual, segundo uma fonte ouvida pela Reuters.

Um investigador com conhecimento do assunto disse à Reuters que um mandado de prisão foi entregue por promotores no tribunal de Abadiânia, a pequena cidade de Goiás onde fica o centro espiritual de João de Deus.

João Teixeira de Faria, nome verdadeiro do médium, ficou conhecido no Brasil e no exterior pelos atendimentos mediúnicos e cirurgias psíquicas que realiza desde a década de 1970 em Abadiânia, no Estado de Goiás.


Desde sexta-feira, quando as primeiras denúncias vieram à tona em um programa da TV Globo, outras 258 mulheres —algumas estrangeiras— procuraram a Justiça relatando terem sido assediadas sexualmente pelo médium na Casa Dom Inácio de Loyola, segundo número divulgado pelo Ministério Público do Estado de Goiânia.

As acusações destas mulheres variam desde toques inadequados aos seus corpos até relações sexuais completas e obrigá-las a praticar sexo oral nele enquanto ele supostamente estava incorporado por entidades espirituais, segundo vítimas entrevistadas por veículos da imprensa local.

João de Deus, de 76 anos, negou as acusações ao ir à Casa pela primeira vez desde as denúncias, mas disse que quer “cumprir a lei brasileira”.

“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo”, disse a jornalistas no local.

A Casa Dom Inácio de Loyola é procurada por brasileiros e estrangeiros —incluindo personalidades do cinema, artistas e políticos— que buscam uma cura espiritual para diversos problemas de saúde.

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