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Trump anuncia sobretaxa para importações chinesas e aumenta tensões com Pequim

Donald Trump afirma que a China não vem cumprindo suas promessas em termos de comércio com os Estados Unidos.



O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, nesta quinta-feira (1°), tarifas de 10% sobre um volume de US$ 300 bilhões de importações chinesas a partir de 1º de setembro. A medida é mais um episódio na escalada nas tensões entre os dois países.


No Twitter, Trump disse que "os Estados Unidos vão começar a aplicar, a partir de 1º de setembro, uma tarifa adicional de 10% sobre os US$ 300 bilhões restantes de importações de bens e produtos" da China.

O presidente norte-americano disse ainda que a China "havia concordado em comprar produtos agrícolas dos Estados Unidos em grande quantidade, mas não fez isso". Trump continua explicando que "adicionalmente, meu amigo, o presidente Xi (Jinping), disse que ia parar a venda de fentanyl para os Estados Unidos. Isso nunca aconteceu, os americanos continuam morrendo!"

No entanto, Trump garante que as negociações comerciais seguirão adiante com Pequim."Esperamos continuar com nosso diálogo positivo com a China para um acordo comercial e sentir que o futuro entre nossos dois países vai ser muito brilhante", acrescentou o chefe da Casa Branca.

Mercados abalados

O anúncio caiu como um balde de água fria sobre os mercados. Os principais indicadores de Wall Street operavam com perdas, e os preços do petróleo despencaram.

As negociações entre China e Estados Unidos haviam sido retomadas esta semana em Xangai. Ambas as partes informaram que os diálogos foram "produtivos".

A guerra comercial foi deflagrada há pouco mais de um ano pelo presidente Trump. Desde então, as negociações entre as duas potências têm alternado entre avanços e impasses.

Em maio, parecia que o diálogo havia desmoronado. Dois meses depois, porém, durante uma reunião no Japão, Trump e Xi conseguiram resgatar as negociações.

Os Estados Unidos acusam a China de descumprir compromissos-chave já assumidos nos diálogos bilaterais. Trump afirma que Pequim usou seu modelo de economia planejada pelo Estado para prejudicar Washington, subsidiando a produção e roubando propriedade intelectual.

No entanto, especialistas dizem que a guerra comercial afetou o setor manufatureiro em todo mundo, assim como a confiança das empresas, o que eleva a ameaça à economia mundial em um momento já complicado.

(Com informações da AFP)
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