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Zoo de Curitiba é escolhido como padrinho do muriqui em projeto de Educação Ambiental

Zoo de Curitiba é escolhido como padrinho do muriqui em projeto de Educação Ambiental. - Foto: Lucilia Guimarães/SMCS



Há pouco mais de um ano, o Zoo de Curitiba comemorava o nascimento de um muriqui, uma das espécies em perigo de extinção que fazem parte do programa de reprodução fora da natureza do zoológico.

Agora, a instituição foi escolhida para escrever sobre ações de Educação Ambiental para reforçar a conservação do primata em um livro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O anúncio foi feito durante um encontro de educadores ambientais em Pomerode-SC. Cada uma das 25 espécies ameaçadas que fazem parte dos grupos de trabalho nacionais de conservação tem um padrinho entre as instituições presentes ao evento, promovido pela Associação dos Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB).

“A nós cabe produzir conteúdo sobre a preservação do Muriqui, que é apenas um dos oito animais ameaçados que reproduzimos no Zoo de Curitiba”, conta a chefe da Divisão de Educação para Conservação da Fauna, Cláudia Bosa, que representou o Zoo em Pomerode.

No Brasil, além de Curitiba, apenas o Zoo de Sorocaba mantém grupos reprodutivos de muriquis.

Grupos de trabalho
Desde dezembro do ano passado, o Zoológico de Curitiba, que fica no Alto Boqueirão, integra grupos nacionais de trabalho por meio de um Termo de Cooperação Técnica entre a AZAB, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Das 25 espécies ameaçadas inseridas no documento, Curitiba mantém oito: muriqui-do-sul; mico-leão-da-cara-dourada; macaco-aranha-da-testa-branca; tamanduá-bandeira; onça-pintada; lobo-guará; jacutinga; e ararajuba.

Muriquis, jacutingas e ararajubas contam com trabalhos de reprodução ex-situ (fora da natureza) no Zoo. “Já tivemos também no passado sucesso com nascimentos de lobo-guará, onça-pintada e tamanduá-bandeira”, lembra o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria do Meio Ambiente, Edson Evaristo.

“Além de focar a atenção para cada indivíduo sob nossos cuidados, buscamos planejar as estratégias de manejo que auxiliem na reprodução e manutenção da diversidade genética, garantindo populações de segurança para participarem de projetos de conservação”, explica Oneida Lacerda, médica veterinária chefe da Divisão de Zoológico de Curitiba.

Atuação
O programa consiste em reuniões periódicas, planejamento conjunto de ações em prol da conservação das espécies-alvo, estabelecimento de planos de manejo estratégicos que fomentem o bem-estar animal e a reprodução dos animais trabalhados, além de deliberações conjuntas sobre remanejamentos dos animais dos planteis com o foco em conservação.
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