Sete meses antes do início do Concílio Vaticano II o Papa João XXIII recupera para o Tempo da Quaresma a antiga tradição das “Collectae”. Dos arquivos da Rádio Vaticano podemos ouvir o áudio original do discurso improvisado que o Pontífice fez aos fiéis presentes na Igreja de Santa Sabina, onde o Papa Francisco celebra a missa desta Quarta-feira de Cinzas
João XXIII na Quarta-feira de Cinzas de 1962
Cidade do Vaticano
Uma tradição antiga como a Idade Média e retomada pelo Papa João XXIIII em 1962. A forma e os lugares não são exatamente os mesmos, mas o significado espiritual da Statio e procissão penitencial que os Pontífices repetem todos os anos no início da Quaresma há 58 anos, ficou inalterado nos séculos.
A crônica da época
“A procissão, entre duas fileiras de fiéis – transmitia a Rádio Vaticano, no dia seguinte – se dirigiu à igreja de Santa Sabina onde, depois dos cantos e das preces, do Miserere e do Vexilla Regis, foi feita a invocação dos Santos Mártires e por fim o Celebrante deu a bênção com a relíquia da Santa Cruz. Logo depois – prosseguia a crônica – o Sumo Pontífice […] foi até o ambão para dirigir a sua paterna palavra aos inúmeros participantes da sagrada Statio”.
As palavras de João XXIII
Palavras conservadas nos arquivos da Rádio do Papa e que hoje propomos a vocês. São quase nove minutos de um discurso improvisado que João XXIII pronunciava sete meses antes do início do Concílio Vaticano II, “a maior reunião do povo cristão”. “O Concílio Ecumênico – sublinhava o Pontífice – é uma reunião na qual será possível constatar como realmente o Senhor mantém a sua Igreja próxima do Seu Coração”, “mais do que nunca necessário para caminhar unidos no amor e na caridade”.