A Secretaria de Estado da Saúde promoveu neste sábado (15), em parceria com o Ministério da Saúde e as secretarias municipais, o dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra Sarampo. No Paraná, diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS), dos 399 municípios, abriram suas portas para atender a população.
Foto: Divulgação SESA
O dia de mobilização é uma estratégia de intensificação das ações de rotina para ampliar a proteção da população e interromper a circulação do vírus. “O dia D facilita o acesso à vacina para aquelas pessoas que não conseguem comparecer às unidades de saúde durante a semana. A fácil transmissão da doença é preocupante, por isso é fundamental garantir que o maior número de cidadão seja vacionado para que o bloqueio da circulação do vírus seja de fato efetivo”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
No Paraná, a campanha de vacinação contra o sarampo foi ampliada. Pessoas de 5 até 59 anos devem ser imunizadas, mas o foco principal desta etapa são os adultos jovens com idade entre 20 e 29 anos. Neste grupo a vacinação deve ser feita de forma indiscriminada, ou seja, sem obrigatoriedade de apresentação da carteira vacinal.
EM DIA - O analista de sistemas Ivan Teixeira Cardoso, de 28 anos, aproveitou o dia D para colocar em ordem a sua carteirinha de vacinação. “O que me motivou a vir até aqui hoje é a prevenção, fiquei sabendo que estou na faixa etária que é mais atingida pelo sarampo aqui em Curitiba, como durante a semana é complicado conseguir vir até o posto de saúde, aproveitei o dia D para tomar a vacina”.
A coordenadora de Imunização do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, que participou do dia D em Curitiba, enfatizou a importância da campanha contra o sarampo. “No ano anterior, trabalhamos com outras faixas etárias. Agora damos continuidade na ação vacinando a população de 5 a 59 anos no Paraná. É muito importante que o público alvo desta campanha procure as unidades de saúde para avaliar a caderneta de vacinação e se imunizar”.
PREFEITURA - O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, acompanhou a ação realizada na Unidade de Saúde Vila Guíra e reforçou a necessidade de imunizar o maior número de pessoas na capital e no Estado.
“AS vacinas são patrimônio cultural da humanidade na luta contra a doença. A mobilização em 15 pontos da nossa grande capital, e em todas as cidades do Paraná e do Brasil, é para alertar as pessoas para tomarem a vacina. Não queremos perder ninguém para o sarampo”.
COBERTURA - A cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 95%. No Paraná, a taxa de vacinação da segunda dose contra o sarampo está em cerca de 90%.
“Nosso esforço para aumentar o índice de pessoas vacinadas é diário. As nossas 22 Regionais de Saúde estão articuladas para apoiar e dar todo o suporte necessário para que os municípios possam articular suas estratégias e alcançar o maior número de pessoas. Precisamos aumentar a cobertura vacinal no Estado do Paraná. Este é o desafio”, destacou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual, Maria Goretti David Lopes.
CAMPANHA – Mais de 1,2 milhão de doses da vacina tríplice viral foram distribuídas aos municípios para atender a demanda da campanha. A vacina também garante proteção contra a rubéola e a caxumba. A campanha de vacinação contra o sarampo segue até o dia 13 de março.
BOLETIM – O boletim epidemiológico publicado na última quinta-feira (13) revela que 850 pessoas já foram confirmadas com sarampo no Estado. Destas, 447 têm idade entre 20 e 29 anos, 219 estão na faixa de 10 a 19 anos, 94 registros entre 30 e 39 anos, 46 são pessoas na faixa de idade acima dos 40 anos e 44 pacientes confirmados com menos de 10 anos. Só em Curitiba e região metropolitana são contabilizados 765 casos confirmados, ou seja, 90% dos pacientes estão concentrados na região da capital paranaense.
SINTOMAS – Os sintomas mais comuns são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaleia, indisposição e diarreia também podem ocorrer. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento com o aparecimento dos sintomas. Os doentes ficam em isolamento domiciliar ou hospitalar por um período de sete dias a partir do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.