WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o pré-candidato presidencial democrata Michael Bloomberg acusaram um ao outro de racista nesta terça-feira, agravando uma guerra de palavras entre os dois empresários ricos.
Michael Bloomberg durante campanha 26/1/2020 REUTERS/Maria Alejandra Cardona
Trump foi o primeiro a atacar, publicando no Twitter um áudio de 2015 no qual Bloomberg defende a diretriz polêmica de “parar e revistar” que adotou como prefeito de Nova York entre 2002 e 2013.
“UAU, BLOOMBERG É TOTALMENTE RACISTA!”, escreveu Trump no tuíte, apagado mais tarde.
Trump também já defendeu a diretriz.
Bloomberg, que pleiteia a indicação do Partido Democrata para desafiar o republicano Trump na eleição de 3 de novembro, pediu desculpas pelo uso da estratégia de policiamento em novembro passado, alguns dias antes de anunciar sua pré-candidatura.
Em um comunicado emitido nesta terça-feira, Bloomberg citou o que classificou como seu comprometimento com a reforma da justiça criminal e a igualdade racial, acrescentando: “Em contraste, o presidente Trump herdou um país que marchava para uma igualdade maior e nos dividiu com apelos racistas e uma retórica odiosa.”
Os dois homens – Trump conquistou sua fortuna no ramo imobiliário e Bloomberg amealhou seus bilhões vendendo informações financeiras – estão travando uma guerra de palavras na qual o primeiro cobre o segundo de insultos, um sinal do quão seriamente parece encarar a pré-candidatura do ex-prefeito.
Bloomberg não participa das quatro primeiras disputas pela indicação democrata, mas está montando uma campanha cara de âmbito nacional antes das primárias de março.