A Conferência Episcopal da Itália (CEI) reforça o apoio financeiro a quem se encontra em dificuldade com a emergência do coronavírus. Depois dos 10 milhões para as Cáritas diocesanas e os 500 mil euros ao Banco Alimentar, uma verba de 3 milhões, provenientes do imposto que os italianos destinam à Igreja Católica, vai para as unidades de saúde.
O presidente da Comissão Episcopal pela Caridade e a Saúde, o arcebispo Carlo Roberto Maria Redaelli, reforça o trabalho valoroso nos hospitais, afirmando que as Cáritas diocesanas “estão empenhadas na linha de frente para responder às necessidades de tanta gente." (ANSA)
Isabella Piro, Andressa Collet – Cidade do Vaticano
As unidades de saúde na Itália que precisaram mudar integralmente a forma de organização para enfrentar a emergência do coronavírus vão receber um apoio financeiro que parte dos bispos italianos. Depois dos 10 milhões de euros para as Cáritas diocesanas e os 500 mil euros destinados às atividades do Banco Alimentar, uma verba de 3 milhões será doada às estruturas sanitárias. O valor é proveniente do imposto sobre renda, conhecido como “8xmille”, que os italianos destinam à Igreja Católica.
O destino da verba
Os bispos justificam, através de uma nota, que a decisão foi tomada depois de aceitar a sugestão da Comissão Episcopal pela Caridade e a Saúde. A verba, então, vai alcançar as atividades desenvolvidas em unidades de diferentes regiões da Itália: a Pequena Casa da Divina Providência, conhecida também como Cottolengo, em Turim, no Piemonte; a Unidade Hospitalar Cardeal Giovanni Panico, da cidade de Tricase, região da Puglia; a Associação Oásis Maria Santíssima, de Troina, na Sicília; e, sobretudo, o Instituto Hospitalar Poliambulanza, da cidade de Bréscia, na Lombardia.
O comunicado explica que o apoio financeiro é para ajudar essas unidades que, em menos de um mês, tiveram que mudar radicalmente a forma de trabalhar: “as cirurgias, as internações e todas as atividades ambulatoriais adiadas, de fato, foram suspensas, como todas aquelas privadas também. Dessa forma, foram liberados recursos humanos, quartos nos hospitais e equipamentos destinados completamente à emergência do coronavírus”. Trata-se, assim, de um total de 435 camas, das quais 68 de terapia intensiva e 70 para observação de breve intensidade no Pronto-Socorro. Uma diferença considerável, considerando que antes da crise do Covid-19, só as camas da UTI eram 16.
Proximidade a quem mais precisa
O diretor do Escritório Nacional para a Pastoral da Saúde da Conferência Episcopal da Itália, Pe. Massimo Angelelli, parabeniza “o profissionalismo dos médicos, enfermeiros, agentes de saúde e cuidadores que, com um empenho exemplar, testemunham um amor e uma dedicação a todos que precisam de tratamento”.
O presidente da Comissão Episcopal pela Caridade e a Saúde, o arcebispo Carlo Roberto Maria Redaelli, reforça o trabalho valoroso nos hospitais, afirmando que as Cáritas diocesanas “estão empenhadas na linha de frente para responder às necessidades de tanta gente. Essa contribuição financeira quer ser um sinal concreto de proximidade para que não faltem instrumentos e suportes para garantir a possibilidade de tratamento a todos”.
Ajude você também!
Além da verba destinada às unidades de saúde, os bispos italianos também abriram uma campanha para arrecadar fundos. Quem quiser contribuir, basta entrar no site oficial da Conferência Episcopal, o www.chiesacattolica.it, para ter todas as informações sobre a melhor forma de colaborar.