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Contrato do Japão permite adiar Olimpíada para final do ano, diz ministra

TÓQUIO (Reuters) - O contrato da Olimpíada de Tóquio de 2020 permite ao Japão adiar o evento até o final do ano, disse a ministra japonesa para a Olimpíada nesta terça-feira, uma vez que existem temores de que o coronavírus atrapalhe a realização dos Jogos.

Mulheres com máscara de proteção tiram foto com símbolo olímpico em Tóquio 03/03/2020 REUTERS/Athit Perawongmetha

“O contrato pede que os Jogos sejam realizados em 2020. Isso pode ser interpretado como permitindo um adiamento”, disse Seiko Hashimoto em resposta a uma pergunta de um parlamentar na sede do Legislativo.

Mas os governos do Japão e da cidade-sede de Tóquio continuam comprometidos a realizar os Jogos a partir de 24 de julho, como previsto, acrescentou ela.

E, segundo o contrato de sede, o direito de cancelar o evento é do Comitê Olímpico Internacional (COI).

O presidente do COI, Thomas Bach, reiterou nesta terça-feira que os preparativos para Jogos “bem-sucedidos” em Tóquio continua em andamento.

O orçamento mais recente é de 1,35 trilhão de ienes, (12,51 bilhões de dólares), dos quais o governo japonês está arcando com 120 bilhões de ienes para construir o Estádio Olímpico e 30 bilhões de ienes para custear a Paralimpíada de 2020, explicou Hashimoto.

A Comissão de Auditoria do Japão estimou o gasto governamental em 1,06 trilhão de ienes entre as propostas de 2013 e 2018.

Para conter o coronavírus, o governo japonês pediu o fechamento das escolas e incentivou a restrição de eventos que possam atrair grandes multidões, incluindo os esportivos.

A Associação de Paraesportes do Japão e os organizadores da Olimpíada e da Paralimpíada de Tóquio disseram nesta terça-feira que cancelarão um evento de teste de rúgbi em cadeira de rodas neste mês devido ao coronavírus.

Por Tim Kelly
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