Getting your Trinity Audio player ready...
NOVA YORK (Reuters) - Os Estados Unidos superaram a Itália neste sábado como o país com o maior número de mortes por coronavírus, registrando mais de 20.000 mortes desde o início do surto, segundo contagem da Reuters.

Foto: REUTERS/Joshua Roberts
O marco sombrio foi alcançado em meio às ponderações do presidente Donald Trump sobre quando o país, que registrou mais de meio milhão de infecções, pode começar a ver um retorno à normalidade.

Os Estados Unidos registraram o maior número de mortos até o momento na epidemia, com cerca de 2.000 mortes por dia nos últimos quatro dias seguidos, com grande parte delas ocorrendo na cidade de Nova York e seus arredores.

Mesmo este número é visto como possivelmente menor que a realidade, já que Nova York ainda está descobrindo a melhor maneira de incluir um aumento ocorrido nas mortes em casa em suas estatísticas oficiais.

Especialistas em saúde pública alertaram que o número de mortos nos EUA poderá subir para 200.000 durante o verão se os pedidos sem precedentes para ficar em casa, que fecharam negócios e mantiveram a maioria dos norte-americanos em isolamento, forem suspensos depois de 30 dias.

A maioria das restrições atuais à vida pública, no entanto, incluindo fechamento de escolas e ordens de emergência que mantêm trabalhadores não essenciais confinados em suas casas, decorrem de ordens de governadores e não do presidente.

No entanto, Trump disse que deseja que a vida volte ao normal o mais rápido possível e que as medidas destinadas a conter a propagação do Covid-19 têm seu próprio custo econômico e de saúde pública.

As atuais diretrizes federais vão até 30 de abril.

Trump, que busca a reeleição em novembro, terá que decidir se deve estendê-las ou começar a incentivar as pessoas a voltar ao trabalho e a um estilo de vida mais normal.

Trump disse que iria divulgar um novo conselho consultivo, possivelmente na terça-feira, que incluirá alguns governadores estaduais e se concentrará no processo de reabertura da economia dos EUA.

O número de americanos que buscam benefícios de desemprego nas últimas três semanas ultrapassou 16 milhões, com novos pedidos semanais superando 6 milhões pela segunda vez consecutiva na semana passada.

O governo disse que a economia eliminou 701.000 empregos em março. Essa foi a maior perda de empregos desde a Grande Recessão e encerrou o maior boom de empregos na história dos EUA, iniciado no final de 2010.
©1999 | 2024 Jornal de Curitiba Network BrasilI ™
Uma publicação da Editora MR. Direitos reservados.