BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira e disse que ninguém deseja maquiar números da pandemia no Brasil, depois das contestações sobre a divulgações de informações pelo governo.
“Ninguém quer esconder números, muito pelo contrário, nós queremos é mostrar os números reais”, disse o presidente em sua live semanal em uma rede social.
No início do mês, o Ministério da Saúde reduziu as informações divulgadas sobre mortes e casos do novo coronavírus, mas retomou a divulgação mais completa após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta quinta-feira, segundo dados do ministério, o Brasil chegou a 978.142 casos confirmados da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, e 47.748 mortes. O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos e óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos.
Na live, no entanto, Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a veracidade dos números da pandemia no país.
“A questão dos números deixa muita gente em dúvida ainda, morreu de Covid-19 ou com Covid-19?”, questionou o presidente.
Bolsonaro também aproveitou a transmissão para mais uma vez criticar a OMS.
“Com todo o respeito, o que menos tem de ciência é a nossa OMS. Parece que não acerta nada, fica num vaivém o tempo todo”, disse o presidente, que já ameaçou retirar o Brasil da organização após a pandemia.