Em diversas escolas estaduais do Paraná o uso dos meets como ferramenta de aula já se tornou usual entre os professores e alunos. Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, cerca de 28,5 mil acontecem por semana e a tendência é esse número aumentar, já que cada vez mais professores aderem à ferramenta.
De acordo com o secretário de Educação, Renato Feder, o Meet, que possibilita chamadas de voz e vídeo, é uma excelente ferramenta que aproxima os professores de suas turmas. “Por meio do Meet, o professor pode dar mais atenção ao aluno, em especial a aqueles com maior dificuldade, e ajudá-lo em questões que talvez não tenha entendido durante as aulas pela TV e pelo aplicativo”, explicou.
Esta é a mesma percepção de Eliana Daniel, diretora do Colégio Estadual Kennedy, do município de Ariranha do Ivaí. Ela afirma que os 130 alunos do colégio usaram esse recurso para tirar dúvidas, conversando diretamente com um dos 19 professores da escola. “Graças a essa ferramenta, professor e aluno diminuem distâncias, conseguindo conversar diretamente e dirimir dúvidas, mesmo estando cada um em sua casa”, disse
Para que a adesão crescesse no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cianorte, a diretora Meire Rampazzo Castilho trabalhou muito na capacitação dos professores. Atualmente, a adesão é de 100% – os 30 professores conversam diariamente com os alunos
“Para atingirmos essa boa adesão, eu e minha equipe fizemos um intenso trabalho de acompanhamento com os professores, orientamos em suas práticas pedagógicas e mostramos a importância do uso dos meetings para as aulas aos alunos”, explica.
Meire conta que ela e sua equipe criaram uma estratégia que consiste na busca ativa dos alunos e no acompanhamento conjunto aos professores. Ela participa de todos os meets dos seus professores e, durante sua breve entrada, dá recados à turma e reforça a importância da presença dos estudantes. “Tenho 515 alunos e participo de mais de 95 meets por semana. Gosto de me manter próxima aos estudantes e de mostrar isso a eles”, conta.
Para a professora de português Graziele Britto, do Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, em Cascavel, o meeting remete ao ambiente de uma sala de aula. “Em uma aula normal eu apresento slides, uso data show e várias ferramentas on-line para interagir com os alunos. Pelo Meet, consigo fazer o mesmo e com qualidade, sem contar que mato a saudade dos meus alunos”.
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