Nessa semana, no dia 29 de julho, o Banco Central (BC) anunciou a criação da nota de R$ 200. Ela foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser lançada oficialmente no final de agosto.
A notícia logo virou assunto nas redes sociais. Seja questionando o motivo da criação da nota, o medo de uma possível alta na inflação ou até o personagem escolhido para ser estampado (não, não será o vira lata caramelo) – o lobo-guará – muita gente questionou a tal nota de R$ 200.
Por isso, separamos as principais informações sobre a novidade para você tirar suas dúvidas.
Por que a nota de R$ 200?
Segundo o BC, o principal motivo para a criação da nova cédula foi um fenômeno chamado entesouramento. Isso nada mais é do que o aumento de pessoas guardando dinheiro físico em casa. O entesouramento aumentou com a pandemia do coronavírus, ou seja, têm mais pessoas guardando dinheiro “debaixo do colchão”.
Muita gente, por conta do cenário atual, fica com medo de gastar. Ou até mesmo medo de deixar o dinheiro no banco ou em alguma instituição financeira por conta do futuro incerto.
E, no Brasil, as pessoas ainda usam dinheiro físico para comprar bens e serviços. Uma pesquisa realizada pelo Banco Central em 2018 mostrou que 60% dos brasileiros ainda pagavam as compras com dinheiro em espécie.
E aí, se tem mais gente guardando dinheiro em casa, o que fazer? A demanda por papel moeda estava subindo há alguns meses, e o BC já estava aumentando a emissão de M1 – que é o agregado monetário do papel moeda.
Não é só no Brasil
O fenômeno de entesouramento não está acontecendo apenas no Brasil. Por conta da pandemia, diversos países estão com a demanda por dinheiro vivo aumentando e produzindo mais papel moeda, com raras exceções, como os países nórdicos.
Motivos para a criação da nota
No atual cenário, o dinheiro não está “voltando para a circulação”, completando o ciclo normal. Como estamos mais em casa, de quarentena, com parte do comércio fechado, o dinheiro impresso não está circulando com a mesma velocidade de antes.
Segundo a diretora de administração do Banco Central na live de lançamento da nota, Carolina de Assis Barros, já existia o plano de criar a nota de R$ 200. Ele apenas foi antecipado por conta do cenário econômico, pois embora hoje a quantidade de papel-moeda em circulação esteja adequada às necessidades da população, não é possível saber a duração do entesouramento.
Ou seja, segundo o BC, o lançamento da nota será um movimento de prevenção em relação a uma possível longa duração do entesouramento.
A diretora também pontuou que a nota reduzirá os custos de logística e distribuição pelo país, além de reduzir custos de produção no pagamento do auxílio emergencial de R$ 600.
E a inflação?
A notícia fez muitos brasileiros temerem uma alta na inflação. Mas a emissão da nova moeda não causará esse efeito, pois isso é diferente de expansão fiscal.
Por exemplo, quando vivemos na hiperinflação, a Casa da Moeda tinha que imprimir novas cédulas a todo tempo, pois o dinheiro deixava de valer de um dia para o outro, em termos reais. Como hoje a maior parte da riqueza está de fato em M3, criar uma nova cédula que vale mais, não irá causar inflação no real.
“Não há relação entre a colocação da nova cédula e o sistema de metas para controle da inflação. Nossa inflação está baixa e estável”, afirmou Barros.
Dica da Rico: Investir com 200 reais?
Agora que você tirou suas dúvidas sobre a nota de R$ 200, vamos simplificar outro ponto que costuma causar confusão nas pessoas: investimentos.
Muita gente pensa que é preciso muito de dinheiro para começar a investir. Mas isso está longe de ser verdade. Se você tiver a nota de R$ 200 está mais do que pronto para investir!
Separamos algumas opções de investimento em que é possível investir com esse valor:
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro do país. Quem emite os títulos é o próprio governo e as chances de ele quebrar são menores do que uma empresa privada.
Esse investimento é mais indicado para quem está começando a investir, pois traz segurança para quem ainda está inseguro em relação ao mundo dos investimentos.
Além disso, é uma boa opção para sua reserva de emergência.
Existem três tipos de Tesouro direto: Tesouro Selic, Tesouro Pré-Fixado e Tesouro Pós Fixado. É só escolher o que mais se encaixa com os seus objetivos e investir seus R$ 200!
FIIs
Também é possível investir em Fundos de Investimento Imobiliário com esse valor. Ao investir em FIIs, você investe no setor imobiliário, porém não tem os custos e o trabalho que teria para manter um imóvel físico, como manutenção, negociar com inquilinos e imobiliárias, custo com contratos e afins.
Os FIIs podem ser uma oportunidade para diversificar sua carteira de investimentos. Você pode ganhar dinheiro tanto com o pagamento de rendimentos – o pagamento de aluguéis – quanto se as cotas se valorizarem. Então, ter parte da carteira em FIIs pode ser uma boa!
Ações no mercado fracionário
Com R$ 200 é possível inclusive investir em ações. Você pode investir no mercado fracionário, onde é possível comprar ações sem a obrigatoriedade de um lote mínimo.
No mercado fracionário, é possível comprar quantas ações você quiser: 2, 5, 10, 50... Enquanto no mercado comum elas são negociadas em lotes de 100 ações.
Ou seja, ele dá a possibilidade de investir com menos dinheiro. E aí é possível investir com os seus R$ 200!
E agora, você tem mais uma vantagem para investir no mercado fracionário aqui na Rico: reduzimos a taxa de corretagem de R$ 7,50 para R$ 1,90!