Por Juliano Keller Alvez
Certamente, você já participou de um projeto ou empresa, onde uma pessoa é desligada ou solicita sua saída, e o conhecimento vai embora junto com ela. Ou talvez já tenha participado de uma transição de software (ERP, por exemplo), onde conhecimentos preciosos são deixados para trás por conta da formatação diferente que está estruturada a nova plataforma. Ou ainda, deve conhecer uma empresa onde os processos eram escritos, mas eles foram mudando com o tempo, e os métodos utilizados não foram atualizados.
Estes e tantos outros casos que você e eu vivemos são exemplos clássicos de (má) gestão do conhecimento. Sabemos que eles são comuns em organizações de diversos portes e segmentos. Se considerarmos os conhecimentos que a empresa não tem e necessitaria adquirir de alguma forma, ou aqueles conhecimentos que ela precisaria compartilhar internamente ou com outro player, e isso fica na inércia do dia a dia, aí teremos um potencial conjunto de problemas ligados à (má) gestão do conhecimento. Temos certeza que, ao ler estas situações, há muito de “familiar” a você e a mim, pois ao longo de nossa trajetória, vivenciamos casos como esses nos projetos e empresas que participamos.
Mesmo o “conhecimento” sendo o bem mais precioso das organizações, pois dele advém toda a criatividade para a inovação, gestão da rotina, capacidade de resolver problemas, de criar estratégias e tantas outras ramificações, as empresas ainda não o tratam com a devida importância. Por que afirmamos isso? Porque na maior parte das organizações não há processos para assegurar a (boa) gestão do conhecimento: talvez porque, sendo ele um bem intangível, temos maior dificuldade de visualizarmos a possibilidade de gerenciamento.
A partir do momento que mapeamos o conhecimento em nossa organização, definindo o que precisa ser adquirido, mantido, compartilhado e transformado em termos de conhecimento. Tudo vai ficando mais claro! É como se fizéssemos um “plano estratégico do conhecimento”, dando ao tema a importância que todos nós já sabemos que ele tem, e que merece o nosso cuidado e as devidas ações para geri-lo.
Dentre os diversos frameworks de gestão do conhecimento desenvolvidos nos últimos anos, ressaltamos que a própria ISO – entidade que desenvolve normas sobre diversos temas e tem credibilidade mundial, emitiu em novembro de 2018, a norma ISO 30401, intitulada “Sistemas de Gestão do Conhecimento”: um conjunto de requisitos que podem ser aplicados em qualquer organização com o objetivo de sistematizar a gestão do conhecimento nas organizações.
E por que eu aplicaria a ISO 30401 na minha organização? O motivo principal é a possibilidade de sua empresa largar na frente na criação de processos para tratar o “conhecimento” como ele merece – com o status de ser o “bem mais precioso das organizações”, como frisamos acima. Se ele é tão importante assim, por que não gerenciá-lo com instrumentos técnicos e com o cumprimento dos requisitos trazidos pela ISO, que orientam e mostram um caminho a seguir? Há inúmeras outras vantagens em aplicar gestão do conhecimento. Algumas delas, temos certeza que você já percebeu. Em outro momento, compartilharemos quais são estes outros benefícios e como você pode fazer uso deles com o auxílio da nova norma.