Através da Fundação Populorum Progressio, Francisco garantiu mais uma parcela de auxílio aos migrantes venezuelanos que, depois de ficarem presos durante meses na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, partiram em busca de melhores condições de vida. A doação será administrada pela diocese de Cúcuta, cidade próxima à região oriental da Cordilheira dos Andes, fica justamente na fronteira.
Por: Anna Poce, Andressa Collet - Vatican News
O Papa Francisco acaba de doar 3.300 caixas de alimentos e 3.300 kits de proteção e higiene - a terceira parcela de auxílio - à diocese de Cúcuta, na Colômbia. A cidade é a mais populosa do departamento de Norte de Santander, localizada próxima da região oriental da Cordilheira dos Andes, justamente na fronteira com a Venezuela.
A contribuição prevê ajudar os migrantes venezuelanos que, depois de ficarem presos durante meses na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, partiram agora para o interior do país ou para nações vizinhas em busca de melhores condições de vida. Uma viagem marcada pela pandemia que agrava ainda mais qualquer situação de saúde que possa se apresentar.
A distribuição da doação
O auxílio do Papa Francisco, que acontece graças à Fundação Pontifícia Populorum Progressio, que financia projetos na América Latina e no Caribe, será distribuído num período de 21 dias, com cerca de 300 entregas diárias.
A primeira entrega foi feita através do Banco Alimentar Diocesano (BDA) há uma semana e destinada a migrantes que viajaram entre Cúcuta e o município de Chinácota, respondendo, assim, ao chamado do Papa que exorta a acolher, proteger, promover e integrar os irmãos migrantes.
As condições dos migrantes venezuelanos
Infelizmente, há milhares de migrantes venezuelanos que, após a propagação da pandemia do coronavírus, se viram forçados a retornar ao país de origem e a esperar na fronteira, em abrigos improvisados e sem comida. Em agosto, devido ao olhar do Papa sempre atento ao fenômeno migratório naquela fronteira, foram entregues mais de 2 toneladas de comida.
Naquela oportunidade, o bispo da diocese de Cúcuta, dom Victor Manuel Ochoa Cadavid, afirmou que, "apesar da difícil situação econômica vivida hoje, mesmo na nossa diocese, não deixaremos de exercer a caridade para com os nossos irmãos migrantes, pois é o amor de Cristo que nos impele".