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Líderes europeus iniciam discussões com Biden, enquanto Trump segue em negação

Donald Trump segue sem aceitar a derrota na eleição presidencial para o democrata Joe Biden. Enquanto isso, os líderes europeus se apressam para iniciar as relações com o futuro presidente dos Estados Unidos. Nesta terça-feira (10), Biden conversou por telefone com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê irlandês, Micheál Martin.


Macron já havia enviado uma mensagem ao americano no sábado (7), quando a imprensa Estados Unidos declarou a vitória do democrata na corrida contra Donald Trump. A ligação, realizada às 17h30 desta terça (horário de Paris) segundo a CNN, dá início a uma conversa que o presidente francês pretende que seja frequente. Macron ainda não conhece Biden pessoalmente.


Já na mensagem de sábado, pelas redes sociais, o francês pediu ao próximo líder dos EUA que trabalhem juntos. "Temos muito o que fazer para enfrentar os desafios atuais".


Uma das primeiras ações esperadas do governo de Biden é o retorno dos Estados Unidos no acordo climático de Paris. Trump havia deixado o pacto internacional em 2017, saída oficializada no dia das eleições presidenciais.A questão climática apareceu também na conversa com o primeiro-ministro britânico nesta terça-feira. A ligação de Boris Johnson para parabenizar o democrata foi anunciada pelo premiê no Twitter.


"Estou ansioso para reforçar a parceria entre nossos países e trabalhar com ele em torno de nossas prioridades comuns, da luta contra a mudança climática à promoção da democracia e a reconstrução após a pandemia", disse.


A retomada do multilateralismo e da cooperação entre os Estados Unidos e a União Europeia em diversos temas é a expectativa dos líderes europeus. Foi este também o tema da conversa com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin.


Apesar do reconhecimento internacional da vitória de Biden, Trump ainda não parece pronto a aceitar sua derrota.


Enquanto o democrata dava continuidade a seus contatos diplomáticos como presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano publicava mensagens no Twitter questionando a legitimidade das eleições presidenciais e pedindo ação da Justiça.


Em uma coletiva à imprensa em Wilmington, o democrata disse que esperava ansiosamente falar com o presidente Trump. No entanto, deixou de lado a ironia ao responder a um jornalista e afirmou ser "uma vergonha" a recusa do republicano em aceitar a derrota.


"Como posso dizer isso com tato? Não ajudará no legado do presidente. Pelas minhas conversas com líderes estrangeiros até agora, eles estão esperançosos de que as instituições democráticas dos EUA sejam fortes e resistam. Ao final, tudo será resolvido em 20 de janeiro [de 2021, data de sua posse]", respondeu.

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