BERLIM (Reuters) - A BioNTech está trabalhando a todo vapor com sua parceira Pfizer para aumentar a produção de sua vacina contra a Covid-19, disseram seus fundadores, alertando que podem ocorrer gargalos na oferta até que outras vacinas sejam lançadas.
A startup de tecnologia alemã tem liderado a corrida pela vacina, mas o imunizante demorou a chegar na União Europeia devido à aprovação relativamente tardia do regulador de saúde do bloco e o tamanho reduzido das encomendas de Bruxelas.Os atrasos em lançar a vacina desenvolvida domesticamente causaram consternação na Alemanha, onde algumas das regiões tiveram que suspender a vacinação dias após começarem a inoculação.
“No momento, não parece bom --um buraco está surgindo porque há uma falta de outras vacinas aprovadas e temos que preencher essa lacuna com nossa própria vacina”, disse o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, à revista semanal Spiegel.Sahin fundou a BioNTech com sua esposa, Oezlem Tuereci, que é a diretora médica da empresa. Ambos criticaram a decisão da UE de emitir várias encomendas na expectativa de que mais vacinas sejam aprovadas rapidamente.
Os Estados Unidos encomendaram 600 milhões de doses da vacina da BioNTech/Pfizer em julho, enquanto a UE esperou até novembro para fazer uma encomenda de metade do tamanho.
“Em algum momento ficou claro que não seria possível entregar tão rapidamente”, disse Tuereci à Spiegel. “Então, já era tarde demais para fazer encomendas subsequentes.”
Por Douglas Busvine