Agência da ONU anunciou contratos para comprar até 40 milhões de doses da vacina; OMS também deve adquirir 100 milhões de doses da imunização desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford, que ainda está em fase de aprovação; objetivo é imunizar 2 bilhões de pessoas até final do ano.
A Covax, a iniciativa global para garantir acesso rápido e equitativo às vacinas para a Covid-19, anunciou um acordo com a Pfizer para comprar até 40 milhões de doses da vacina.
A iniciativa também confirmou a compra das primeiras 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford, que está aguardando aprovação pela Organização Mundial da Saúde, OMS.
Acesso
De acordo com a atualização da agência, a decisão deve ser conhecida em meados de fevereiro. Destas primeiras 100 milhões de doses, a maioria deve ser entregue no primeiro trimestre do ano.
A Aliança de Vacinas Gavi é responsável pela aquisição e entrega das vacinas para a Covax. Em comunicado, o diretor executivo da Gavi, Seth Berkley, disse que “este é um grande passo em frente para o acesso equitativo às vacinas e uma parte essencial do esforço global para vencer esta pandemia.” Já o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que “a distribuição urgente e equitativa de vacinas não é apenas um imperativo moral, é também um imperativo de segurança sanitária, estratégico e econômico.”
Segundo ele, “este acordo com a Pfizer ajudará a capacitar a Covax para salvar vidas, estabilizar os sistemas de saúde e impulsionar a recuperação econômica global.”
Confiança
Por sua vez, a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, Henrietta Fore, disse que “esses acordos de compra abrem a porta para que essas vacinas se tornem disponíveis para as pessoas nos países mais vulneráveis.” Ao mesmo tempo, a chefe da agência contou que é preciso “garantir que os países estejam prontos para receber as vacinas, implantá-las e construir confiança.”
Até o final deste mês, a Covax pretende fornecer uma alocação indicativa de doses a todos os Estados participantes. Com esses números, os países poderão iniciar os preparativos de suas campanhas.
Com estes novos contratos, a iniciativa tem acordos para comprar pouco mais de dois bilhões de doses vacinas, algumas ainda não aprovadas. O objetivo é proteger pelo menos 20% da população até o final do ano, a menos que algum participante tenha solicitado uma porcentagem menor de doses. Pelo menos 1,3 bilhão dessas doses estarão disponíveis para as 92 economias elegíveis até o final de 2021.
Preparação
Neste trabalho, a OMS está fazendo parceria com a Coalizão para Preparação Contra Pandemias, Cepi na sigla em inglês. Em comunicado, o diretor executivo da Cepi disse que “o surgimento de novas variantes coloca em foco a necessidade de estar um passo à frente do vírus, continuando a investir em pesquisa e desenvolvimento de vacinas.”
Segundo Richard Hatchett, a comunidade internacional precisa continuar investindo, especificamente em vacinas de próxima geração, para estar pronta “para mudanças de cepas e garantir que tem ferramentas para atender às necessidades de todas as populações em todos os países a longo prazo.”