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Rebelo de Sousa diz que "urgência das urgências" em Portugal é combate à epidemia


O presidente de centro-direita Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito neste domingo (24) em Portugal, com 60,7% dos votos, segundo resultados finais da apuração. A socialista Ana Gomes, que concorreu como candidata independente, obteve 12,97%, em segundo lugar, enquanto André Ventura, da extrema direita, chegou em terceiro, com 11,9%. A abstenção atingiu 60,5%. Os demais quatro candidatos ficaram abaixo de 5%.


Texto por: Adriana Moysés enviada especial da RFI a Lisboa


Em seu discurso após a confirmação da vitória, Rebelo de Sousa, 72 anos, reiterou que será o presidente de todos os portugueses, e não só daqueles que votaram nele. Disse que continuará defendendo a estabilidade, respeitando o pluralismo, as diferenças e lutará pela justiça social.


O chefe de Estado afirmou que sabe que os portugueses querem o controle da pandemia, um sistema político estável, empregos, combate à pobreza e inclusão social. "Sendo tudo urgente, numa sociedade em crise, o mais urgente do urgente chama-se combate à pandemia", declarou.


Portugal registrou no sábado (23) 11.721 novas infecções do coronavírus  e 275 mortes provocadas pela Covid-19. O país conta, assim, com um total de 636.190 casos confirmados e 10.469 óbitos. 


Rebelo de Sousa reafirmou sua solidariedade institucional “total” com a Assembleia da República e o governo. Disse que irá evolver o maior número de partidos, parceiros econômicos e sociais numa “desejada” conjugação coletiva: “conter, primeiro, abreviar, depois”, a pandemia, “para que possamos passar definitivamente ao resto”.


Acrescentou que, por “ironia do destino”, é um presidente reeleito que pertence a um grupo de risco. Isto simboliza que “estamos todos unidos”, os mais novos e os menos novos. Afirmou que este é um combate que “custe o que custar vamos vencer”.


A segunda colocada, Ana Gomes, assumiu ter falhado em seu objetivo de levar a eleição ao segundo turno, mas disse ter cumprido o “objetivo patriótico” de impedir que a ultradireita assumisse uma posição de “possível alternativa” no cenário político português.


Líder do Chega se demite


O candidato da extrema direita, André Ventura, líder do Chega, partido antissistema criado há menos dois anos, teve um resultado expressivo, mesmo ficando em terceiro lugar. O populista tinha obtido apenas 1,3% nas legislativas de 2019 e recolheu agora quase 12% dos sufrágios. Em algumas regiões, como no Alentejo e no Algarve, ele foi o segundo mais votado.


Ventura se firma como uma realidade nova na política portuguesa. Conforme havia prometido, ele apresentou a sua demissão como líder do Chega na noite de domingo, por ter perdido o desafio de chegar na segunda posição.


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