Texto por: RFI
O Conselho da União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira (22) a inclusão de 19 funcionários do governo da Venezuela na lista de pessoas que são alvos de sanções. Com a medida, chega a 55 o número de venezuelanos próximos do presidente Nicolás Maduro visados pela UE.
A decisão afeta, entre outros, o comandante de polícia Remigio Ceballos, o governador do estado de Zulia, Omar José Prieto, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Indira Alfonzo, e dois deputados da Assembleia Nacional.
"As pessoas adicionadas à lista são responsáveis, em particular, por minar os direitos eleitorais da oposição e o funcionamento democrático da Assembleia Nacional, e por graves violações dos direitos humanos e restrições das liberdades fundamentais", afirmaram os ministros das Relações Exteriores da UE em um comunicado.
A medida destaca que em 25 de janeiro os ministros já haviam mencionado que a UE estava disposta a adotar novas "medidas restritivas" contra funcionários por "violações graves aos direitos humanos". Por este motivo, "em vista da grave situação que persiste na Venezuela", concluíram que "19 nomes devem ser incluídos na lista de pessoas físicas e jurídicas, entidades e organismos submetidos a medidas restritivas".
A UE não reconhece o resultado das eleições legislativas organizadas em dezembro na Venezuela, que abriram caminho para que o partido no poder, do presidente Nicolás Maduro, recuperasse a maioria na Assembleia Nacional. Por consequência, Bruxelas também não reconhece a legitimidade da Assembleia.
UE pediu que eleição fosse adiada
A UE enviou emissários a Caracas no ano passado para convencer todas as partes a adiar as eleições, com o objetivo de criar condições para que o bloco enviasse uma missão de observação eleitoral. Os esforços não prosperaram e o pleito foi mantido, apesar das advertências e do boicote do líder opositor Juan Guaidó e de seus partidários.
Em janeiro, os ministros europeus divulgaram "conclusões" de quatro páginas sobre a situação na Venezuela, nas quais expressaram as posições de consenso entre os países do bloco.
(Com informações da AFP)