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Teatro Guaíra celebra Dia Mundial do Meio Ambiente com projetos sobre ODS


O Teatro Guaíra celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente neste sábado (5) com o lançamento virtual de dois projetos especiais sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A primeira iniciativa é uma série de vídeos do Balé Teatro Guaíra, em que cada bailarino dança um ODS. Já os alunos da Escola escolheram os ODS como temática de discussão durante o ano letivo e apresentam um vídeo que encerra o primeiro semestre de 2021.

Nos dois projetos, o público poderá acompanhar bailarinos e alunos dançando temas como igualdade de gênero, ação contra a mudança climática e paz. Os vídeos do BTG serão lançados semanalmente, todas as quartas-feiras, nas redes sociais do Teatro Guaíra.

A ação é uma parceria da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura, Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico Social (Cedes), Centro Cultural Teatro Guaíra e PalcoParaná.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial adotada pelas Nações Unidas com 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. A ação ganha relevância em função da Década da Ação, criada para que efetivar a Agenda e garantir direitos fundamentais a todos, mudando a história da humanidade.

A união de forças pode fazer com que a geração atual possa de fato erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões. Para que isso aconteça, é preciso uma parceria colaborativa e a arte ajuda a inspirar pessoas e disseminar a agenda.

A diretora-presidente do Teatro Guaíra, Monica Rischbieter, conta que a ideia é unir a dança e os ODS para pensar o mundo pós-pandemia. “É um momento de grande crise, em que nosso modelo de sociedade se mostrou insustentável. A partir disso, achamos importante pensar um outro mundo, um novo modelo de desenvolvimento”, disse.

Para Filipe Farhat, articulador de parcerias para a Agenda 2030 do Cedes, o projeto do Guaíra representa o quanto a Agenda 2030 pode contar com o envolvimento de toda a sociedade. “As diferentes formas de cultura seguramente podem servir para sensibilizar pessoas e motivá-las à ação. O Teatro Guaíra trouxe sua contribuição, ao aportar sensibilidade, valor e calor humano aos principais objetivos globais”, afirmou.

Para a vice-presidente do Cedes, Keli Guimarães, nenhuma outra forma poderia ser tão abrangente como a dança. "É uma linguagem que dispensa tradução. É expressar a máxima da Agenda 2030, que é não deixar ninguém para traz", completou

BALÉ DANÇA OS ODS – “É um tema complexo, como salvar o mundo?”, brinca Paula Sousa, bailarina que dançou o tema água potável e saneamento. “Todo mundo já vive os temas dos ODS, os problemas são claros para todos: pobreza, poluição, acesso à água. O desafio foi traduzir a ODS em uma coreografia”, disse.

O bailarino Leandro Vieira diz que tentou traduzir o discurso político e científico para um público mais amplo, por isso a dança foi grande aliada. “É importante ver como tudo está interligado, arte, ciência. É isso que nos faz crescer como ser humano”, afirmou.

O ODS dançado por Leandro foi a vida terrestre. Ele explica que ao pensar a poluição percebeu que o grande problema é o ser humano, por isso usou um saco de lixo como elemento base em sua coreografia. “No fim, nós somos o lixo do planeta, são os homens que estão acabando com a Terra”, completou.

Já Murilo Machado trabalhou o tema fome zero e agricultura sustentável. “Viver a pandemia, o isolamento, estar longe dos palcos, foi muito difícil pessoalmente. O que eu posso fazer para que a gente não viva uma nova pandemia? Essa foi minha linha de ação para pensar os ODS”, explicou.

Ele começou a gravação de seu vídeo em um canavial seco para discutir os impactos da monocultura e, ao mesmo tempo, propor uma metáfora sobre a falta de diversidade. Em seguida, acrescentou grãos à coreografia, para lembrar a importância do alimento na história da humanidade. “Foi uma tentativa de mostrar que tanto a natureza como o ser humano precisam de diversidade para florescer”, disse. Ao fim do vídeo, a mesa vazia simboliza a escassez de alimentos que aflige ainda muitas pessoas.

Clarissa Cappellari, que dançou o tema igualdade de gênero, disse que esse é um problema que todas as mulheres vivenciam ao sofrer assédio na rua ou temer pela própria segurança. Ela construiu sua coreografia a partir de elementos como a respiração ofegante e uma corrida atrás de grades. "Simbolizam o peso e o cerceamento que as mulheres experimentam cotidianamente", afirmou.

ESCOLA DE DANÇA – Para a EDTG, o trabalho com os ODS surgiu de forma quase natural, porque muitos desses temas já eram discutidos com alunos nas atividades cotidianas. Quando a escola foi criada, há 65 anos, o principal foco era a formação de profissionais para o Balé Teatro Guaíra, mas com os passar das décadas os professores perceberam que o maior ativo da escola era a formação cidadã, já que muitos meninas e meninas chegam a passar mais de 10 anos na instituição. Mais do que bailarinos, hoje a Escola acredita que é essencial formar cidadãos, que levarão os ensinamentos aprendidos na escola para as diferentes áreas profissionais no futuro.

“Entendemos que por meio da arte podemos mostrar aos nossos jovens a necessidade de ações essenciais no presente para que tenhamos um futuro de paz, justiça e igualdade. E você com quais objetivos de desenvolvimento sustentável está se comprometendo? Junte-se a nós. Precisamos caminhar em uma mesma sintonia”, convida Patrícia Otto, diretora da EDTG.


Balé Teatro Guaíra dança dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Data: estreia dia 5 de junho, às 17h, nas redes sociais do Teatro Guaíra

Demais vídeos às quartas, às 17h

www.youtube.com/watch?v=HB9zq5Uem9c&t=1s

Escola de Dança Teatro Guaíra e os ODS

Data: estreia dia 5 de junho, às 20h, nas redes sociais do Teatro Guaíra

www.facebook.com/TeatroGuaira

www.youtube.com/c/TeatroGuairaoficial

O público também pode acessar informações sobre os ODS no hotsite especial do projeto www.teatroguaira.pr.gov.br/ODS.

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