- Gustavo Thayllon França Silva (*)
Como era a escola quando você estudou nos tempos de criança e de que maneira era o ensino? Falar da escola do futuro é rememorar a escola que estamos vivendo no presente. O modelo de escola vem mudando desde os tempos mais remotos, contudo, o modelo que se instaurou, onde temos carteiras enfileiradas permaneceu por muitas décadas até chegarmos no século XXI, para ser mais exato em 2020.
Sempre tínhamos em mente que a escola se aproximaria cada vez mais dos aspectos tecnológicos, isto é, uma escola onde temos experiências, vivências e aprendizagem mediadas por recursos tecnológicos. Imaginem só, uma escola totalmente conectada, uma escola em rede, onde os estudantes virtualmente podem visitar museus europeus, ou ainda, compreender como são os vulcões, isto é, tendo um olhar interno dessa estrutura magnifica que a natureza disponibiliza.
Destarte, podemos dizer que a escola do futuro é a escola que estamos vivendo neste momento presente, onde professores e estudantes precisam desenvolver habilidades, atitudes e competências para estabelecerem vínculos de aprendizagem uns com os outros, principalmente em ambientes digitais.
Professores, cada vez mais, estão tendo que incorporar em seus planejamentos, diferentes estratégias ativas para engajar e tornar sua aula especial, onde os estudantes realmente sejam protagonistas da sua aprendizagem.
Em períodos onde a mediação tecnológica é a base para fazer com que a educação continue, algumas competências precisam ser desenvolvidas, sobretudo para fazer com que a escola do futuro-presente, esteja a cada momento mais adequada a realidade. São elas: competências relacionadas a psicopedagogia, no qual o docente precisa compreender a motivação do estudante em aprender, seus interesses e suas dificuldades, fluência digital, letramento digital, organização, gestão dos tempos e espaços escolares, netiqueta e competência informacional e inteligência emocional.
Além de todas estas competências, o professor precisa deixar as aulas mais atrativas, garantindo interatividade e interação dos estudantes e para isso, precisa estar munido de ferramentas como as chamadas metodologias ativas, como o próprio nome diz, busca colocar os estudantes em movimento, práticas e discussões.
A título de exemplo, temos os movimentos Maker, onde a aprendizagem é vivenciada, baseada em projetos, problemas, por rotações de estações, instrução por pares, dentre outras.
Precisamos lembrar que para um bom planejamento é necessário contemplar as múltiplas inteligências, desde compreender quem são os estudantes, como eles aprendem, qual o canal de recepção da informação quando mais estimulados para, na sequência, realizar um diagnóstico da estrutura e identificar os recursos disponíveis.
Portanto, a escola do futuro que se materializou no presente é uma escola onde o ensino e a aprendizagem se tornam cada vez mais personalizado e o ambiente conectado e em rede.
(*) Gustavo Thayllon França Silva é Bacharel em Psicopedagogia e Licenciado em Pedagogia e especialista em Psicopedagogia Clínica, institucional, empresarial e hospitalar e também Professor da Área da Educação da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional