O craque argentino Lionel Messi chegou a Paris na tarde desta terça-feira (10), mas a "Messimania" chegou bem antes. Desde ontem fãs se aglomeravam em frente ao estádio do Paris Saint-Germain (PSG), à espera de um sinal do ídolo. Messi chegou a Paris acompanhado de sua mulher e seus três filhos, vestindo uma camisa onde se lia “Aqui é Paris”, para o delíro dos torcedores do PSG
Paloma Varón, do Parque dos Príncipes. RFI
Desde cedo nesta terça-feira (10) muitas fãs se aglomeraram tanto no Parque dos Príncipes, cujas ruas do entorno foram fechadas pela polícia, como no aeroporto de Bourget, ao norte de Paris. Do aeroporto, Messi seguiu diretamente para o Hospital Americano de Paris, onde realizou exames médicos antes de assinar o contrato de dois anos com o clube parisiense.
Segundo fontes que trabalham no hospital, habituado a receber celebridades francesas e mundiais, uma multidão cercava o estabelecimento, tentando ver o ídolo, que estava acompanhado de uma dezena de guarda-costas. Houve buzinaço na saída do craque, por volta de 19h, hora local (14h em Brasília).
No aeroporto, ele acenou para os fãs, e fez uma rápida aparição no Parques dos Príncipes onde vai conceder sua coletiva de imprensa, marcada para quarta-feira às 11h de Paris (6h de Brasília), quando será oficialmente apresentado como a nova contratação do clube.
Logo após o anúncio da contratação, o PSG postou um vídeo de 13 minutos em homenagem a Messi, em que reembrava as suas seis Bolas de Ouro. O jogador brasileiro Neymar Jr. postou em seguida um stories no Instagram em que aparece abraçando o argentino e diz, em inglês, “juntos novamente”.
Messi em números
O jornal esporivo francês L’Équipe foi o primeiro a anunciar a contratação, o que, ao invés de acalmar os fãs que o aguardavam em Paris, os deixou ainda mais afoitos.
“Messi, Messi”, clamavam, batendo nas grande que cercam o estádio do Parque dos Príncipes, assim como diante das câmeras de jornalistas do mundo inteiro.
Já o diário econômico Les Echos destacou os números gerados pelo atacante argentino: ele tem uma fortuna que ultrapassou US$ 1 bilhão. Antes dele, apenas Tiger Wood, Floyd Mayweather, Michael Jordan e Cristiano Ronaldo haviam alcançado este número. Nos últimos quatro anos no Barça, ele acumulou mais de € 555 milhões em salário bruto e era o maior contribuinte da Espanha.
Além disso, entre 80% a 90% das camisas do FC Barcelona vendidas levam o nome de Messi, que tem 244 milhões de seguidores no Instagram (contra 342 milhões de Cristiano Ronaldo e 156 milhões de Neymar, para efeito de comparação).
Messi chega a ParisEstima-se, no entanto, que o salário do jogador seja mais baixo no PSG, que não precisou negociar o seu passe com o Barça, já que ele já havia sido liberado do clube catalão.
A imprensa francesa menciona que Messi assinou um contrato de pelo menos dois anos, com um salário líquido anual de cerca de € 40 milhões. Isso o colocaria acima dos ganhos de Neymar (€ 36 milhões), o jogador de futebol mais bem pago da história do futebol francês.
Bom negócio
A chegada de Messi ao PSG é uma ótima notícia para as empresas que já negociaram a transmissão dos jogos da Liga 1 francesa e da Liga dos Campeões, as competições mais populares entre os torcedores.
A Amazon comprou em junho os direitos de transmissão do campeonato francês por € 250 milhões por temporada até 2024 sem imaginar que faria um ótimo negócio com a concretização da transferência de Messi ao PSG.
A gigante do setor digital tem o direito de transmitir os principais jogos e já escolheu os maiores clássicos do campeonato como o duelo do PSG contra o Olympique de Marselha e o Mônaco.
A difusão dos jogos do argentino, seis vezes Bola de Ouro, também caiu como uma luva para outros canais esportivos, Canal + e RMC, que também adquiriram os direitos de transmissão dos jogos do Paris Saint-Germain para a nova temporada.
A presença de Lionel Messi nos gramados com as cores parisienses certamente renderá maior audiência e vai atrair novos assinantes e sócios, convencidos de que virão melhores espetáculos de futebol nos estádios franceses.
É o caso de Adolphe, 54, que veio ao estádio para fazer fotos e vídeos para o seu filho, de 25 anos, torcedor fervoroso do PSG que mora em Perpignan (sudoeste). "Agora que Messi chegou, eu voltarei a ser sócio do PSG", disse ele, que foi sócio até que o clube foi comprado pelo Catar e "a assinatura ficou muito mais cara".
Em Paris, Messi encontrará jogadores de quem é próximo, a começar por Neymar, mas também o argentino Angel Di Maria, com quem acaba de vencer a Copa América.
O objetivo: vencer a Liga dos Campeões, objetivo supremo da empresa Qatar Sports Investments (QSI), que espera finalmente erguer este troféu quatro vezes conquistado por Messi.
*texto atualizado