Equipes de P&D da Aperam South America compararam o aço inoxidável produzido pela empresa ao aço carbono mais comum no mercado do agro. Resultado indica que o produto da Aperam é três vezes mais resistente.
A Aperam South America, importante player no mercado do agronegócio brasileiro, vetor crucial para o crescimento econômico do país, está atenta aos desafios de competitividade que podem colocar o Brasil como grande fornecedor de alimentos do futuro e tem investido cada vez mais em Pesquisa e Desenvolvimento na área.
Em dois experimentos recentes que envolvem testes de abrasão e corrosão de materiais, um deles feito em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), a empresa pôde comprovar os benefícios que tornam os seus aços inoxidáveis diferenciados e altamente recomendados para uso em equipamentos do agro.
Além de apresentar nova abordagem para o uso do inox, a Aperam traz solução para uma questão de extrema relevância para o setor: tornar os equipamentos agrícolas mais sustentáveis, aumentando o tempo de vida útil de entre um e dois anos para até dez anos, se estes forem produzidos com aço inox.
De acordo com o engenheiro de Aplicações e Desenvolvimento de Produtos da Aperam, Sebastião Pereira da Silva Júnior, dados divulgados pelo Banco Mundial e pela Organização Mundial de Corrosão (WCO, em inglês) indicam que 8% do PIB global são gastos com manutenções relacionadas a problemas associados à corrosão e à abrasão de materiais.
“É aí que entra o aço inox, por ser mais resistente à corrosão, otimizando a vida útil do equipamento em pelo menos três vezes e dando mais sustentabilidade ao negócio”, diz.
Para o engenheiro, o inox tem grande vocação para aplicação pesada em produtos para mineração, transporte e agronegócio.
“Os aços ainda hoje usados massivamente foram desenvolvidos há 50 anos, e os equipamentos adotados vêm de uma geração de técnicas superadas, ao passo que as empresas do agronegócio estão melhorando a qualidade dos grãos, investindo em aspectos de segurança e processos sanitários dos produtos.
Ou seja, os equipamentos e processos também precisam se atualizar”, pontua.
Os experimentos
Para mostrar que o aço inoxidável é um material bem superior ao aço carbono comum e que representa economia e sustentabilidade para os processos e máquinas, a Aperam South America realizou, no primeiro semestre de 2021, duas pesquisas comparando os aços produzidos pela empresa e o aço carbono comum amplamente usado pela indústria de equipamentos para o agronegócio.
O objetivo era verificar os índices de corrosão e abrasão em contato com solução bruta de adubos suínos e umidade.
O primeiro experimento, realizado em maio, contou com equipe do Centro de Pesquisas da Aperam e pesquisadores do Laboratório de Processos Eletroquímicos da Universidade de São Paulo (USP).
Amostras de aços laminados a quente da Aperam - o 304, o mais conhecido e empregado no mercado; o Duplex, um dos aços mais nobres; e o 410, que apresenta a melhor relação custo-benefício para o setor do agronegócio - foram colocadas em contato com a solução de adubos suínos.
Foi usado também o aço carbono estrutural A36 (não-pintado), amplamente aplicado na indústria, a fim de comparar as performances de cada um. Ao final dos ensaios, os aços inoxidáveis não apresentaram sinais de corrosão, enquanto o aço carbono teve sua superfície totalmente recoberta por óxidos.
“O grande achado nesse experimento foi a conclusão de que o inox 410 apresenta uma vantagem competitiva muito alta, pois, além de ficar muito além do aço comum e ter vida útil muito superior, ele se comportou de forma similar aos dois aços inox mais caros e mais complexos”, acrescenta Sebastião Pereira.
No segundo experimento, em junho, a equipe de P&D da Aperam testou transportadores de grãos tipo rosca helicoidal feitos em inox e em aço carbono, medindo os parâmetros de qualidade dos materiais nos mesmos quesitos: abrasão e corrosão. Entre os aços inox, foram testados o 410 e o ENDUR 300, ambos produzidos pela Aperam.
Nessa avaliação, foi considerado o teor típico de umidade mínimo de 9% dos grãos durante seu processamento. O resultado foi similar ao do adubo químico: o transportador feito com aço carbono convencional apresentou corrosão e abrasão em toda a sua estrutura, de maneira uniforme. Os de inox se mantiveram íntegros.
Na visão de Sebastião Pereira, a grande vantagem do aço inoxidável é sua excelente resistência no meio agrícola, colocando-se como material de grande potencial na atualidade e no futuro.
“Todo esse conhecimento que estamos construindo para o segmento do agronegócio tem respaldo na academia para validar e acelerar o processo de desenvolvimento de produtos. Se há equipamentos que duram de um a dois anos, estamos mostrando que com o aço inox os mesmos produtos podem durar dez”, completa.
Aplicações do aço inoxidável no agronegócio
O aço inox pode ser usado em um vasto mundo de equipamentos do agronegócio: carros forrageiros e misturadores de ração; tanques e caçambas basculantes; equipamentos para movimentação e beneficiamento de grãos, como taliscas e correntes; bicas de escoamento; redlers; drags; balanças de fluxo; chapas de desgaste; distribuidores; secadores de grãos; DTDCs; equipamentos de beneficiamento de café, como lavadores e secadores; máquinas evaporadoras em usinas de açúcar e álcool; lavadores de gás, além de telhas e pisos (chapa expandida).
Sobre a Aperam South America
A Aperam South America é produtora integrada de aços planos inoxidáveis, elétricos e carbono. A partir de uma gestão baseada nos valores: liderança, inovação e agilidade, consolida-se como líder no mercado brasileiro em seu segmento. Sua planta industrial, localizada em Timóteo-MG, possui capacidade produtiva total de 900 mil toneladas de aço líquido por ano. Utiliza 100% de carvão vegetal produzido por sua subsidiária no Vale do Jequitinhonha: a Aperam BioEnergia. A BioEnergia produz e comercializa carvão vegetal, tecnologia, mudas e sementes, a partir de florestas renováveis de eucalipto em Minas Gerais. Desde 2011, integra o Grupo Aperam, segundo maior da Europa, composto de outras cinco plantas industriais na França e na Bélgica, cuja capacidade alcança 2,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano.
Fonte: Clara Braga
Link Comunicação Empresarial