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Campanha busca valorização da pessoa idosa e o fim do preconceito


A professora Jane Hir, 66 anos, sabe que a idade não a impede de fazer nada. Graduada em Letras, foi depois dos 60 anos que ela se tornou mestre em Educação e o que é ainda melhor: aventureira no universo da tecnologia, criou um canal no YouTube para dar aulas para seus alunos.


A youtuber, professora e mestra faz parte da nova campanha lançada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI), pela Prefeitura de Curitiba e pela Fundação de Ação Social (FAS), nesta sexta-feira (1/10), data em que se comemora o dias Internacional e Nacional da Pessoa Idosa.


Com o nome Minha Idade Não Me Limita, a campanha busca a valorização do idoso, além de combater o idadismo - forma de preconceito sofrida por pessoas por conta da idade, sobretudo, sobre as pessoas mais velhas.


“Valorizar a pessoa idosa é valorizar a própria trajetória humana. Assim, quando se faz uma campanha cujo foco é alertar para o perigo da invisibilidade que pode limitar a expressão produtiva do idoso, está se contribuindo para uma compreensão maior da própria vida”, explica Jane.


“É como se fossemos convidados a olhar e honrar nossas raízes e, ao mesmo tempo, a contemplar o lugar aonde possivelmente estaremos”, completa.


Nas ruas

Além da professora Jane, a nova campanha traz ainda outros personagens curitibanos e reais, como a dra. Ivete, 68 anos, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria; Paula, que aos 91 anos segue a carreira de cabeleireira, manicure e pedicure; Antônio, 63, que passou a dançar e fazer ginástica depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e Manoel, 70, que é colecionador de livros.


Todos poderão ser vistos a partir desta sexta-feira (1/10), em cartazes nos pontos de ônibus da cidade, nas redes sociais, painéis digitais e nas TVs do transporte público. O filme mostra diversas pessoas que desenvolvem suas atividades profissionais e pessoais, homens e mulheres de várias etnias e classes sociais, todos com atitude positiva e ativa em relação à vida. A campanha também poderá ser conhecida por meio das rádios.


“Precisamos ressignificar o envelhecimento e esta campanha lança um movimento de empoderamento das pessoas idosas. A frase que dá nome a ela pode ser usada como um grito pelos próprios idosos ou por pessoas que defendem esta causa”, diz a presidente do CMDPI, Tatiana Possa Schafachek.


Envelhecimento

Em 2020, Curitiba contava com 350 mil pessoas idosas, de acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra em Domicílio (Pnad). O número é 76% maior do que o registrado em 2010.


Com uma expectativa de vida cada vez maior e com famílias tendo cada vez menos filhos, a tendência de Curitiba, do Brasil e de vários países, é que em poucos anos a população idosa seja maior do que a de crianças e jovens. Se em 1940, os brasileiros viviam, em média 45,5 anos, em 2016, essa expectativa saltou para 75,8.


Alerta para essa realidade, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em 2021 a Campanha Global de Combate ao Idadismo. A ação tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade e melhorar a vida das pessoas idosas, de suas famílias e das comunidades em todo o mundo.


As ações da campanha global estão baseadas em três pilares: estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos sentimos) e discriminações (como agimos).

Fonte: SMCS

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