Adolescentes e jovens com deficiência de 15 a 19 anos aprenderam mais sobre cidadania, democracia e seus direitos. O projeto Jovens Autodefensores, do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Curitiba, teve a primeira ação prática na tarde desta sexta-feira (12/11), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
A tarde foi especial para Pedro Martim Lopes Felipetto, 16 anos. O adolescente saiu do TRE-PR com o título eleitoral pronto e está apto para votar nas eleições do ano que vem. Ele tem síndrome de Down e aproveitou a oportunidade para fazer o documento.
"Quero votar, exercer o meu direito de cidadão e participar das eleições. Gostei de vir aqui e poder participar da votação simulada na urna", contou Pedro Felipetto.
O jovem foi acompanhado da mãe, Madalena Lopes. "Essa é uma ação muito importante para fazer a inclusão da pessoa com deficiência. Hoje foi o primeiro contato dele com uma urna eletrônica", disse Madalena.
A ação desta sexta-feira foi feita em parceria com a Comissão Permanente de Acessibilidade do TRE-PR. Seis jovens com deficiência participaram: dois jovens com deficiência auditiva, um com deficiência múltipla, um com síndrome de Down, uma jovem com deficiência visual e um adolescente com transtorno do espectro autista.
Todos aprenderam sobre cidadania, democracia, sobre o processo e como funcionam as urnas eletrônicas. “Em tempos de fake news sobre fraudes em urnas eletrônicas é bom que os jovens venham conhecer como funciona o sistema”, explicou Sandra Ferreira Nascimento, integrante da Comissão Permanente de Acessibilidade do TRE-PR.
Todas as apresentações do evento tiveram tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição feita ao vivo. Além da parte teórica, os adolescentes puderam participar de uma votação simulada e usar uma urna eletrônica.
Protagonismo
O projeto Jovens Autodefensores tem o objetivo de promover o protagonismo e a inclusão de jovens com deficiência. A diretora do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Denise Moraes, explicou que o projeto é uma das ações do Departamento previstas no Plano Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba.
“A previsão era para termos começado o projeto no início deste ano, mas por conta da pandemia conseguimos fazer agora. Abrimos poucas vagas nesta primeira edição por segurança, mas já tem uma lista de espera para as próximas ações”, afirmou Denise.
Durante a atividade, que foi feita no TRE-PR, os adolescentes aprenderam que as urnas eletrônicas são usadas no Brasil desde 1996 e em 25 anos nunca foi registrado um caso de fraude comprovado em eleições.
A coordenadora do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Fernanda Primo, explicou que o projeto Jovens Autodefensores é para que os adolescentes com deficiência conheçam e saibam como defender seus direitos. “Dessa forma também exerçam sua cidadania”, afirmou.
Fonte: SMCS