A Prefeitura de Curitiba decretou luto oficial de um dia pela morte, neste domingo (7/11), do ex-jogador de futebol Barcímio Sicupira Junior, 77 anos. Ele se recuperava de uma cirurgia no pulmão.
Sicupira é até hoje o maior artilheiro da história do Athletico Paranaense, com 158 gols. O jogador ganhou o apelido de “Craque da 8”, em alusão ao número da camisa que vestia.
"Perdemos hoje o lendário jogador de futebol Barcímio Sicupira, um orgulho de Curitiba e um dos grandes nomes do futebol paranaense. Vá em paz bom amigo. Descanse em paz", afirma o prefeito Rafael Greca.
O velório de Sicupira será realizado no Estádio do Athletico, no Água Verde.
Trajetória
Nascido na cidade da Lapa, em 1944, Sicupira começou a carreira pelo antigo Ferroviário, em 1962. Foi para o Botafogo dois anos mais tarde. Brilhou ao lado de craques da época: Garrincha, Zagallo, Nilton Santos e Jairzinho. O meia-atacante ficou por três anos no time da Estrela Solitária , depois, foi para outro Botafogo, de Ribeirão Preto, onde ficou por um ano.
Em 1968, então, Sicupira chegou ao Athletico. Logo em sua estreia, em uma partida contra o São Paulo, fez um gol de rara beleza, acertando uma bicicleta da entrada da área, jogada que acabou virando uma de suas principais características.
Artilheiro nos Campeonatos Paranaenses de 1970 e de 1972, o “Bigode” recebeu uma proposta e foi atuar durante o restante da temporada de 72 no Corinthians, ao lado de Rivelino, e marcou um dos gols mais importantes da história do clube, numa semifinal de Campeonato Brasileiro, de acordo com o livro “Corinthians – 100 anos de paixão”.
No final da disputa do Brasileirão, Sicupira voltou ao Furacão para encerrar a sua carreira em 1975, com apenas 31 anos, atingindo a importante marca de 158 gols pelo Athletico.
Livro
Sicupira era comentarista de rádio e televisão desde 1976. Formado em Educação Física, ele também foi professor universitário e da rede municipal de ensino público.
Em 2020, o jogador teve sua biografia lançada no livro “Sicupira – A Vida e os Gols de um Craque Chamado Barcímio” de autoria do advogado e jornalista Sandro Moser.