A China colocou em quarentena mais de meio milhão de pessoas na província de Zhejiang, um centro econômico da costa leste, depois de registrar 44 infecções por Covid-19. O país asiático relatou seu primeiro caso da variante ômicron esta semana. Este novo foco de infecção está causando o fechamento de fábricas e ameaça interromper cadeias de abastecimento globais.
@Str AFP
Com Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequin
Com a rápida propagação da ômicron, as equipes médicas de Zhejiang voltam à linha de frente da luta contra a Covid.
Trabalhadores de saúde vestidos com macacões de proteção brancos desembarcam sem parar nas áreas onde são detectados casos positivos. Os moradores formam longas filas em frente aos ônibus para serem transferidos a locais de isolamento.
Em Ningbo, Shaoxing e Hangzhou, dezenas de milhares de pessoas estão em quarentena com o ressurgimento da Covid-19. As autoridades chegaram até mesmo a ordenar o fechamento de algumas plantas industriais.
A China levou um pouco mais de um mês e meio para pôr fim ao último surto de Covid no país. E agora volta a decretar lockdowns.
Vinte grandes empresas foram forçadas a pisar no freio e alertar a Bolsa de Valores de Xangai sobre o declínio de suas atividades. São grupos importantes, estamos falando de 6% do PIB chinês.
Fábricas obrigadas a reduzir sua produção
Um fabricante de produtos têxteis parou as atividades de todas as suas linhas de montagem; uma fábrica de baterias parou de fechar novos contratos por medo de não poder entregar os produtos aos clientes. Na cidade portuária de Ningbo, as petroquímicas reduziram sua produção.
O fechamento dessas fábricas ou a redução das atividades correm o risco, segundo os especialistas, de afetar as cadeias de abastecimento do mundo inteiro, especialmente no setor têxtil.