Depois de um longo período sem a realização dos tradicionais cursinhos na capital paranaense, eles voltam como forma de "tirar o atraso" na aprendizagem, prejudicada pelo isolamento social.
Os estudantes, Camile Fernanda Petry Fistarol e Gabriel de Farias de Macedo compartilham o mesmo sonho: passar no vestibular e cursar a profissão tão desejada. Ela, aos 18 anos, mira o concurso da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Quer ser arquiteta e urbanista. A instituição, uma das mais concorridas do estado e do país, exige da estudante uma rotina intensa de estudos.
“Minhas aulas começam 7h30 e vão até 12h40. São seis aulas de aproximadamente 45 minutos e em cada aula um módulo do livro é estudado, com uma parte escrita da matéria e 25 exercícios para serem feitos”, conta, Camile.
Aos 17 anos, Gabriel sonha com a carreira médica e, como Camile, é dedicado em busca do objetivo. Estuda de manhã, à noite revisa conteúdos antes de dormir e só tem intervalos para exercícios físicos e um cafezinho. Focado, parafraseia ninguém menos que Isaac Newton. “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”.
Os vestibulandos são colegas de escola. Ambos estudam no COC Beraldo, instituição da região metropolitana de Curitiba/PR que, neste ano, resgata a força dos tradicionais cursinhos e os customiza, com tecnologia de ponta.
A dinâmica dá um up ao modelo que tem origem em 1910, quando os exames de admissão para o ensino superior no Brasil foram criados.
“Quem participa das aulas deve encontrar a melhor maneira de assimilar o conteúdo, também de aprender com os erros e com o cansaço. A jornada é longa, mas, certamente, recompensadora”, ensina o diretor da instituição, Elton Beraldo.
Maturidade e foco também são requisitos sempre lembrados como fundamentais pelos professores. A dica vale como máxima, mesmo com opções especiais de aprendizados disponibilizados pelo Colégio COC, por exemplo.
A instituição se aliou à tecnologia e trouxe para a sala de aula, entre outras ferramentas, quadros digitais integrados a uma plataforma de última geração, em substituição ao tradicional quadro de giz.
A ideia, pioneira em todo o Paraná, teve o objetivo de encurtar distâncias na pandemia e, agora, quase numa era pós-máscaras, segue integrando.
A plataforma “Nota Máxima”, oferecida pela instituição, é outra ferramenta disponível no cursinho. Nela, aulas pré-gravadas, de até meia hora, ajudam os estudantes a gravar o conteúdo com a visão de outro professor.
O Colégio iniciou em mês de março o cursinho em formato híbrido com aulas aos sábados, das 8 às 12h. “Quando os estudantes não puderem participar presencialmente, podem acessar os conteúdos gravados posteriormente”, lembra Elton.
O foco da preparação será o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o vestibular da UFPR, ambos, amplamente concorridos. “Mas, dadas as competências e as habilidades cobradas nas provas, torna-se uma preparação para qualquer vestibular do país”.
O “espírito” do cursinho segue o mesmo: ajudar os alunos a encontrar seus nomes na lista de aprovados. “O cursinho exige maturidade. Oferecemos estrutura e conteúdo, mas na hora da prova, será somente o aluno e a prova. É preciso estar preparado”, ressalta.
SERVIÇO
O cursinho no COC é aberto para toda a comunidade escolar, porém, alunos de escolas privadas precisam passar por uma entrevista. As inscrições permanecem abertas. Para saber mais: https://cocberaldo.com.br/.