Há 15 anos, alunos do projeto sociocultural Nosso Canto demonstram o que já aprenderam nas aulas de canto coral e técnica vocal também nas novenas rezadas às quartas-feiras no Santuário do Carmo, junto à Rua da Cidadania do Boqueirão. Em duplas, durante todo o dia, eles promovem a boa música religiosa e a educação musical entre os fiéis presentes às celebrações.
Foto: Levy Ferreira/SMCS
Alunos do projeto Nosso Canto levam música de qualidade às celebrações no Santuário do Carmo. Curitiba, 02/03/2022.
“Essa música encanta e traz alívio, faz a alma flutuar”, opina o taxista Evaldo José Licheski. Na Quarta-feira de Cinzas, depois de cinco anos afastado, ele retornou ao santuário para acompanhar o pai, recém-saído de uma cirurgia, e rezar. “É diferente a energia de um lugar com sons que parecem vir dos anjos”, completou.
Foto: Levy Ferreira/SMCS
Evaldo José Licheski. Curitiba, 02/03/2022.A sensação é parecida para Matilde Mota, que faz parte do Apostolado da Acolhida. “A música é um diferencial importante do Santuário do Carmo porque torna as missas mais emocionantes, anima e faz muita gente cantar junto as canções mais conhecidas”, resumiu.
Parceria bem-sucedida
A parceria entre a paróquia e a Fundação Cultural, responsável pelo projeto, começou pouco antes do Nosso Canto completar dez anos e só foi temporariamente interrompida nos momentos em que a pandemia do novo coronavírus impediu qualquer tipo de aglomeração.
“Antes, nós contávamos com pessoas da comunidade para fazer a parte musical das missas, o que era muito bom, muito bonito, mas não se compara com os músicos e cantores preparados para isso”, pontua o pároco da época da entrada do Nosso Canto no Santuário do Carmo, Luiz Alberto Kleina.
Desde a época de Kleina, é o pároco que determina os temas de interesse para as missas. “Escolhemos temas ligados ao Evangelho, especiais para quem vem às missas”, diz o atual pároco, Marcondes Martins Barbosa.
Foto: Levy Ferreira/SMCS
Padre Marcondes Martins Barbosa. Curitiba, 02/03/2022.Cabe ao responsável regional pelo Nosso Canto, Eli Siliprandi, escolher o repertório, ensaiar as peças e definir as escalas de apresentação das duplas de musicistas. Um canta e outro toca teclado.
“Em geral apresentamos músicas marianas e também do antigo cancioneiro religioso popular”, explica. Para ele, mesmo que não perceba, “muda o gosto musical do povo, que com certeza está mais exigente hoje, e aumenta o interesse pela música”, diz Siliprandi.
Projeto perto da retomada
O Nosso Canto está nas dez regionais administrativas da Prefeitura, com uma turma por regional. Antes da covid-19, chegou a contar mais de 400 integrantes – todos adolescentes e adultos.
Com as atividades suspensas desde o início da pandemia, em março de 2020, o projeto está para retomar as atividades em novo formato. A princípio, o número de participantes por turma deverá ser bem menor.
Pelo mesmo motivo, no começo, serão chamados apenas os antigos alunos. Novas inscrições serão aceitas em um segundo momento.
Os Núcleos da Fundação Cultural em cada regional informarão o público sobre a reativação do projeto.
Informações da SMCS