Na segunda etapa de sua viagem à Europa, depois de Bruxelas, na Bélgica, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou, nesta sexta-feira (25), tropas americanas que reforçam a frente leste da Otan na Polônia. Os Estados Unidos querem mostrar o engajamento ocidental conjunto contra a invasão lançada por Moscou na Ucrânia. A chegada de Biden é um sinal geoestratégico da América protetora do mundo livre.
O presidente americano desembarcou em Rzeszow, na Polônia, a 80 km da fronteira com a Ucrânia, durante a tarde. Nas primeiras horas da visita de dois dias ao país, Biden se reuniu com tropas americanas baseadas em Josionka. Ele comeu pizza com soldados de uma divisão legendária, a primeira a pisar na Normandia, em 1944.
Soldados que defendem os valores do Ocidente, conforme destacou o presidente. “O que está em jogo é a liberdade que vocês querem deixar para seus filhos e netos”, disse. Biden visita a Polônia para mostrar “a intenção dos Estados Unidos de defender cada centímetro do território da Otan”.
Depois da invasão russa ao país vizinho, os Estados Unidos dobraram as tropas na região leste da Europa, que hoje chegam a 20.000 homens, 10.500 só na Polônia. "Vocês estão no centro de uma luta entre democracias e oligarcas", declarou o americano, referindo-se às sanções impostas a empresários russos próximos a Putin, desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Em visita oficial à Polônia, o presidente dos EUA elogiou a coragem do povo ucraniano que, segundo ele, relembra os acontecimentos na Praça da Paz Celestial, na China."Criminoso de guerra"
Falando em uma reunião sobre a situação humanitária com o seu homólogo polonês, Andrzej Duda, Biden reforçou a mensagem: "A coisa mais importante que podemos fazer (...) é manter a unidade das democracias em nossa determinação e nossos esforços para limitar a barbárie de um homem que considero um criminoso de guerra”, disse.
Na quarta-feira (23), o governo americano já havia oficialmente afirmado que "membros das forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia", de acordo com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
Diante de Joe Biden, o presidente polonês disse que a Polônia se sente protegida pelos Estados Unidos, país que nesse momento representa uma garantia efetiva de segurança. “A sua presença aqui é testemunha da unidade no seio da Aliança Atlântica, de enorme apoio e da importância que os Estados Unidos têm para a estabilidade da paz mundial”, disse Duda. “Os Estados Unidos são os pilares de nossa segurança”, completou o presidente polonês.
Em Varsóvia, Biden participará de conversas com líderes poloneses e vai visitar um centro de recepção para refugiados ucranianos. "Vim aqui para a Polônia para ver com meus próprios olhos a crise humanitária", disse ele, ao se encontrar com funcionários de ONGs americanas e polonesas.
(Com informações da AFP)
(Texto por:RFI)