Comissária de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano, Lyudmila Denisova, esteve em Bruxelas - Direitos de autor Alexander Zemlianichenko/The Associated Press
De Shona Murray - EuroNews
A Ucrânia está reunir provas de crimes de guerra cometidos pela Rússia. A comissária de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano esteve em Bruxelas, onde se reuniu com autoridades europeias.
Lyudmila Denisova denunciou - de viva voz - as atrocidades que ocorrem todos os dias na Ucrânia.
Alega que mais de 400 mil ucranianos foram deslocados à força pela Rússia e levados para o território russo, desde o início de fevereiro.
"Os nossos cidadãos foram deportados do nosso território para a Rússia. Foram contra a vontade, levados à força, primeiro para um campo de filtragem na região de Donetsk. Depois disso, foram levados para a Rússia de autocarro. A seguir foram transportados de comboio para diferentes lugares, incluindo regiões pobres da Federação Russa como a ilha de Sakhalin", sublinhou, em entrevista à Euronews, Denisova.
Desde que a guerra começou, diz a comissária de Direitos Humanos, são cada vez mais as provas reunidas.
Denisova acusa Moscovo de roubar uniformes de soldados ucranianos e de os usar para cometer crimes contra alvos civis.
A Rússia, por outro lado, rejeita as acusações, incluindo as de genocídio em Mariupol.
"A situação em Mariupol é difícil e não está a mudar. Grande parte dos edifícios estão destruídos por bombas. Morreram mais de 20 mil habitantes", ressalvou a comissária de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano.
O coordenador de crise das Nações Unidas para o território ucraniano insiste que a situação em Mariupol é infernal. Os civis estão sob ameaça da violência, sem acesso a água e alimentos.
O presidente russo, Vladimir Putin disse ao homólogo francês, Emmanuel Macron, que os bombardeamentos continuarão até que a população se renda.