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Também na guerra da informação, a Ucrânia não se dá por vencida. Depois de, esta quinta-feira, a Rússia ter afirmado que controlava o estratégico porto deMariupol, o autarca da cidade, Vadym Boychenko, veio dizer que ainda não há razões para Moscovo cantar vitória.
"Mariupol foi e continua a ser ucraniana. Porque hoje, os nossos bravos guerreiros, os nossos heróis, estão a defender a nossa cidade tanto quanto possível. Por isso, não importa que declarações profere a Rússia. A cidade é e será ucraniana", afirmou Boychenko.
A resistência ucraniana mantém-se firme na zona industrial de Azovstal, de tal forma que o próprio Vladimir Putin cancelou o assalto às instalações industriais, recomendando antes à Defesa um cerco apertado, como formo de salvaguardar a vida dos militares russos.
De acordo com o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, "a operação continua de acordo com o planeado. Mariupol, que se tornou num núcleo de formações nacionalistas, foi libertada. Houve e continua a haver oportunidade para as tropas ucranianas deporem as armas e saírem através de corredores estabelecidos".
Conquistar Mariupol é desde o início da invasão russa um objetivo para o Kremlin. Com a cidade controlada, Moscovo poderia estabelecer um corredor terrestre para a Península da Crimeia e vedar à Ucrânia o acesso ao porto para o transporte de bens industriais.
Estimam as autoridades locais que em Mariupol já terão morrido mais de 20 mil pessoas como consequência da guerra. A retirada de civis tem sido dificultada pelos bombardeamentos, 120 mil permanecem presos na cidade reduzida a escombros