Os mísseis lançados pelos russos na manhã desta segunda-feira atingiram 3 alvos de infraestrutura militar, um alvo civil, que é um centro mecânico para carros e a estação central de trens.
O ataque não causou vítimas nem entre os funcionários da estação ferroviária, nem entre os passageiros. O tráfego ferroviário foi restabelecido, mesmo que existam atrasos e mudanças de horários durante o dia.
Ataque a Lviv, ataque à cidade de refugiados. É o Pe. Taras Zheplinskyi, do departamento de comunicação da Igreja Greco-Católica ucraniana, que atualizou a Agência SIR dos bispos italianos sobre o que está acontecendo na cidade.
"De acordo com as informações que estamos recebendo - diz ele - esta manhã Lviv foi atacada por cinco mísseis causando a morte de 7 pessoas e 11 feridos".
O número de mortos é provisório, mas segundo informações do sacerdote, dois feridos estão em estado muito grave, enquanto a criança - dada como morta por algumas agências - estaria ferida.
Os mísseis atingiram 3 alvos de infraestrutura militar, um alvo civil, que é um centro mecânico para carros e a estação central de trens.
O ataque não causou vítimas nem entre os funcionários da estação ferroviária, nem entre os passageiros. O tráfego ferroviário foi restabelecido, mesmo que existam atrasos e mudanças de horários durante o dia.
A estação é um ponto sensível naquela parte da Ucrânia: "É aqui - explica o sacerdote - que chega todo o fluxo de refugiados, que se deslocam do norte e leste do país para depois retomar o caminho para os vários países da Europa".
De acordo com dados da ACNUR, quase 5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar a Ucrânia para escapar da guerra. Na prática, quase 5% dos 44 milhões de habitantes tiveram que fugir para o exterior.
O ataque a Lviv ocorre no primeiro dia em que os católicos da Igreja de rito bizantino e os ortodoxos começam a viver a Semana Santa, segundo o Calendário Juliano.
Aqui em Lviv - conta o Pe. Taras Zheplinskyi - muitas pessoas ainda não experimentaram diretamente os efeitos da guerra. Esta manhã, os ataques de mísseis foram sentidos: as janelas das casas quebraram e dezenas de carros também foram atingidos.
Até hoje, Lviv era uma região bastante pacífica também porque é a cidade que acolhe muitos refugiados. Agora estamos com medo. Não sabemos o que esperar. Vamos começar a Semana Santa nesta incerteza”.
Para estabelecer os horários das celebrações da Páscoa e das visitas às igrejas, foram levados em consideração os horários do toque de recolher, que diferem de cidade para cidade, dependendo da gravidade da situação militar.
Na região de Lviv, por exemplo, o toque de recolher começa às 23h e termina às 6h. Com certeza o ataque desta manhã coloca todos em alerta pedindo “cuidado e atenção”.
O sacerdote recorda o apelo lançado no domingo, 17, pelo Papa Francisco em sua mensagem e bênção Urbi et Orbi. “Escolha-se a paz! Deixe-se de exibir os músculos, enquanto as pessoas sofrem”, disse o Papa.
“Demasiado sangue, demasiada violência. Sentimos dificuldade em acreditar que Jesus tenha verdadeiramente ressuscitado, que tenha verdadeiramente vencido a morte. Terá porventura sido uma ilusão? Um fruto da nossa imaginação?”.
Há alguns dias, o Conselho de Igrejas e organizações religiosas de toda a Ucrânia lançou um apelo por uma "trégua pascal" para a segurança dos locais de culto durante as festividades religiosas.
"Estamos convencidos - disseram os representantes religiosos - que, se houver desejo e boa vontade, o lado russo, juntamente com os representantes competentes da Ucrânia, no âmbito do processo de negociação em curso, poderão chegar a acordos que poderiam proporcionar aos civis da Ucrânia a possibilidade de se encontrarem e celebrar os próximos dias santos sem bombardeio e risco de vida. Que o Altíssimo infunda sabedoria e misericórdia em todos aqueles de quem depende a solução deste problema”.
Mas o sacerdote de Lviv tem dúvidas sobre a real possibilidade de uma trégua. “Mais de 60 igrejas foram atacadas, algumas completamente destruídas durante estes 54 dias de conflito”, recorda, recordando o ataque ao seminário católico de Vorzel, à Caritas de Mariupol, à igreja greco-católica de Irpin.
“Os russos - acrescenta - não pararam por algum motivo particular. Vimos isso nas cidades destruídas de Sumy, Chernihiv. É, portanto, difícil hoje acreditar que eles possam aceitar este apelo e respeitar uma trégua pascal”.
*Com Agência Sir