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Aiea divulga dados sobre utilização de energia nuclear em 30 países

Governo Federal Angra 1 fica na Central nuclear de Angra dos Reis. Na imagem, a usina de Angra 3


Informações ajudam no desenvolvimento de programas energéticos nacionais; fonte pode ser alternativa para reduzir emissões e aumentar segurança de abastecimento; países que haviam eliminado o uso de energia atômica ponderam retomada.


Com mais países buscando alternativas nucleares para lidar com a mudança climática e segurança energética, a Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, publicou novo relatório sobre perfis de energia nuclear de diversas nações.


O documento busca mapear o status e o desenvolvimento de programas nacionais em todo o mundo, bem como apoiar o planejamento eficaz, tomada de decisões e implementação de programas, garantindo a operação segura e econômica de usinas nucleares.


Energia atômica como fonte alternativa

Segundo a diretora da Divisão de Energia Nuclear da Aiea, o documento tem atendido a necessidade de uma “visão geral de alto nível da infraestrutura de energia nuclear e desenvolvimentos de programas de energia nuclear nos Estados-membros participantes desde 1998”.


Aline des Cloizeaux adiciona que o conjunto consolidado de perfis dos diversos países que utilizam a fonte energética são atualizados anualmente e costumam ser muito acessados.


Trinta países contribuíram com informações novas ou atualizadas para a edição de 2022, desde aqueles com programas de energia nuclear operacionais e em expansão até os recém-chegados que consideram a energia nuclear, como o Cazaquistão, ou países em fase de construção, como Bangladesh e Turquia, que estão prestes a conectar suas primeiras usinas nucleares à rede.


Países que eliminaram a energia nuclear, como a Itália, ou estão considerando trazê-la de volta, como a Lituânia, também aparecem no relatório.


Tendências e infraestrutura

O texto também destaca as principais tendências, incluindo o aumento do número de compromissos nacionais com o desenvolvimento de infraestrutura de energia nuclear e maior colaboração entre os países membros da Aiea.


O relatório ainda aborda a importância do desenvolvimento de recursos humanos, progresso em pesquisa e desenvolvimento para incorporar projetos avançados de reatores, bem como a necessidade do gerenciamento da vida útil da planta para programas de operação seguros de longo prazo.


A coleta de informações formou um dos principais bancos de dados do Sistema de Informação de Reatores de Energia da agência atômica da ONU e reúne estatísticas sobre operações de usinas nucleares, energia e uso de eletricidade diretamente de contribuições nacionais.


Os países que participaram este ano incluem Argentina, Armênia, Bangladesh, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, China, República Tcheca, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Irã, Itália, Coreia do Sul, México, Países Baixos, Turquia, Paquistão, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, África do Sul, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.


Os relatórios compilados foram atualizados por coordenadores nacionais nomeados pelo governo. Os perfis são autônomos e possuem informações fornecidas oficialmente pelas respectivas autoridades.

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