Quem for aproveitar as férias de fim de ano no Museu de História Natural, no Capão da Imbuia, vai poder aprender mais sobre o peixe mero e a vida marinha. Foto: Erik Jason (arquivo)
Quem for aproveitar as férias de dezembro e janeiro no Museu de História Natural, no Capão da Imbuia, vai aprender mais sobre o peixe mero, um gigante dos mares, e a vida marinha. Por uma parceria com o Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobrás, o espaço ganha um estande todo voltado à espécie ameaçada, com a finalidade de disseminar informações sobre a importância da sua conservação e do seu habitat.
A exposição será inaugurada na próxima quinta-feira (1/12) e abre ao público na sexta-feira (2/12). De acordo com a chefe do Museu, Patricia Weckerlin, outras atividades já foram realizadas em anos anteriores, mas agora novos recursos visuais vão atrair a atenção dos visitantes - em especial, os curitibinhas.
“Teremos óculos de realidade virtual com o fundo do mar e cenas mostrando, até mesmo, a poluição, que é uma das ameaças aos peixes mero”, explica Patricia. Desenvolvida por alunos do curso de jogos virtuais do Instituto Federal do Paraná (IFPR), a tecnologia recria um dos ambientes marinhos que os meros habitam, os costões rochosos.
Nessa atração os visitantes poderão experimentar a sensação de um mergulho contemplativo com o mero e outras espécies como águas-vivas, pirajicas, tartarugas, algas e corais.
Haverá, ainda, totens interativos como a roda do ciclo de vida do peixe, o jogo da memória “Meromória” e uma intervenção artística inédita: uma réplica de um mero de metal em tamanho real, confeccionado pelo artista plástico Marcelo Pszybylski.
Para o coordenador do Projeto Meros no Paraná, Matheus Freitas, a inauguração do espaço significa um grande passo na consolidação da parceria.
“Para todos que participam do Projeto Meros do Brasil é uma grande satisfação ter uma das instituições mais antigas de pesquisa e divulgação científica do Paraná dando apoio às nossas ações”, comemora Matheus.
O projeto
Espécie ameaçada de extinção, o mero, que está presente em grande parte da costa brasileira, pode viver 40 anos e pesar até 400kg. Por sua imponência, pelo risco de extinção e importância para o ecossistema marinho, o mero tornou-se em 2002 a primeira espécie de peixe a receber uma moratória específica que estabeleceu a proibição da captura, transporte e comercialização no Brasil.
Criado em 2002 em Santa Catarina, o Projeto Meros do Brasil está presente em nove estados da costa do Brasil (Pará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina). O Projeto tem o objetivo de garantir a conservação dos ecossistemas marinhos e desta que é considerada a maior espécie de garoupa do Oceano Atlântico.
Atualmente as ações do Projeto estão voltadas para a conservação da sociobiodiversidade através da pesquisa científica, educação, comunicação e da arte, e buscam envolver as comunidades locais, valorizando o seu conhecimento, e toda a sociedade, promovendo equidade de gênero, inclusão racial e de pessoas com deficiência.
Cobrindo aproximadamente 1.500 quilômetros da costa brasileira, por meio da atuação em rede, as ações do Projeto Meros do Brasil levam em conta as particularidades de cada território, e são executadas de forma colaborativa entre as equipes de todos os estados.
Serviço: exposição do Espaço Projeto Meros do Brasil
Local: Museu de História Natural Capão da Imbuia (Rua Benedito Conceição, 407)
- Abertura: 1/12 (quinta-feira)
- Horário: 11h
Visitas: a partir de 2/12 (sexta-feira)
- Horário: terça a domingo, das 9h às 16h45 (horário muda em dia de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo 2022)
- Agendamentos de visitas guiadas para escolas: (41) 3313-5481
Informações da SMCS