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De Euronews • Últimas notícias: 24/12/2022
Restabelecer a paz no continente, ajudar a recuperação das economias, assegurar um abastecimento energético adequado e acessível; estes são os próximos e principais objetivos para a Europa. Mas as divisões devem ser ultrapassadas, para se ser forte em conjunto e dar prosperidade e estabilidade aos cidadãos.
Guerra
Quando e como terminará a guerra, ninguém pode dizer. A Rússia e a Ucrânia estão presas num conflito exaustivo. O preço a pagar é pesado para todos, mesmo para os aliados ocidentais que suportam consequências económicas e sociais. Uma motivação adicional para a diplomacia internacional .... alcançar a paz e a reconstrução
Crise energética
Como consequência da invasão russa da Ucrânia, a agenda económica da UE enfrentará múltiplos e complexos desafios: tetos dos preços da energia, escassez de oferta, inflação elevada e custos de empréstimos estão a ter impacto nas empresas e a corroer o poder de compra das famílias. É necessária uma ação coordenada para assegurar energia acessível, para ter estabilidade económica e proteger as famílias vulneráveis, preservando finanças públicas sustentáveis.
Em Outubro, o BCE voltou a subir as taxas de juro e disse que se seguiriam novos aumentos para combater a subida da inflação. Christine Lagarde, alertou para uma recessão iminente na zona euro. O Banco esforça-se por controlar uma inflação recorde, impulsionada pelo aumento dos preços dos alimentos e da energia causados principalmente pela guerra da Rússia na Ucrânia.
Alterações climáticas
Um acordo histórico na COP 15 em Montreal avança medidas concretas para inverter a perda de ecossistemas. O plano propõe o aumento da ajuda aos países em desenvolvimento. Um primeiro passo terá de ser dado se se quiser inverter o curso do planeta e criar empregos e prosperidade.
Crise migratória
Os migrantes continuam a fugir da guerra, pobreza e catástrofes climáticas: a forma como a Europa lida com os que chegam ao continente continua a dividir os governos. Bruxelas anunciou recentemente um plano para coordenar melhor a resposta da UE aos migrantes, um primeiro passo para uma reforma real e partilhada.
Eleições
A Grécia terá a primeira eleição nacional desde a saída da supervisão de Bruxelas na crise financeira. Isto foi saudado como uma "vitória" pelo primeiro-ministro de direita Kyriakos Mistotakis. Mas, para os eleitores foi uma vitória que talvez tenha um sabor amargo, devido às reformas e privatizações impostas à Grécia pela UE.
Ucrânia devia ir a eleições no Outono mas não é fácil prever o resultado das eleições parlamentares quando, num país em guerra, nem se sabe se terão lugar.
Também no Outono, a Polónia tem eleições parlamentares. O ultraconservador PiS (Partido Lei e Justiça), no poder desde 2015, poderá pagar a fatura de várias crises e a maior inflação desde os anos 90.
Em dezembro, os espanhóis vão a votos. Será 2023 o ano de mudança política em Espanha? Poderão os Socialistas permanecer no poder ou poderá o Partido Popular alcançar a maioria? O governo defende a sua gestão da crise, mas a economia continua a ser um problema com a inflação em alta, assim como os preços da energia.
Datas-chave
A Croácia adere à Zona Euro a 1 de Janeiro de 2023, tornando-se o 20º membro, ao mesmo tempo que adere ao espaço Schengen.
"A introdução do euro reforçará a nossa economia, será uma âncora de estabilidade, tornar-nos-á mais resistentes e protegidos de choques e crises externas", disse o Ministro das Finanças Marko Primorac
"Finalmente", disse o ministro croata do Interior, Davor Božinović, "os cidadãos croatas estão a entrar na maior zona de livre circulação do mundo".
Também a 1 de janeiro, Lula da Silva, toma posse como Presidente do Brasil . Unir uma nação profundamente dividida e administrar sem maioria num Congresso dominado por conservadores são ingredientes para um mandato difícil
Entre 16 e 20 de Janeiro, Davos acolhe o Fórum Económico Mundial. O grande número de crises em curso exige uma ação coletiva corajosa. Davos quer fornecer uma plataforma para ajudar os líderes governamentais, das empresas e da sociedade civil a enfrentar estes desafios
A 22 de Janeiro, França e Alemanha celebram o 60º aniversário do Tratado do Eliseu que lançou as bases da parceria franco-alemã após a Segunda Guerra Mundial. As relações entre Paris e Berlim têm sido espinhosas, em particular em matéria de energia e defesa, e podem ensombrar a reunião agendada entre Macron e Olaf Scholz.
A 6 de Maio acontece a coroação do rei Carlos III que terá lugar na Abadia de Westminster em Londres. A cerimónia será mais sóbria do que a da sua mãe, devido à crise e o custo de vida no Reino Unido. Na ocasião, a rainha Consorte será coroada numa cerimónia semelhante, mas de menor dimensão.
Após a vitória em Turim, a Ucrânia deveria acolher a edição de 2023 do Festival da Eurovisão. Mas, devido à invasão da Rússia, o festival acontece em Liverpool a 13 de maio.
Entre 19 e 21 de maio, **Hiroshima recebe a primeira cimeira do G7 de sempre a ser realizada numa cidade atingida com bomba atómica.**À luz da invasão russa da Ucrânia e das pistas sobre a possível utilização de armas nucleares, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, decidiu que Hiroshima era o melhor local para discutir a paz internacional e o desarmamento nuclear.
A Turquia está a caminho de uma das suas eleições mais cruciais de sempre em 2023 e o atual Presidente Recep Tayyip Erdogan já anunciou que irá concorrer novamente a 18 de junho.
O primeiro Campeonato do Mundo de Futebol Feminino da FIFA com 32 nações acontece entre 20 de julho e 20 de agosto e tem como coanfitriões Austrália e Nova Zelândia
O tema da Presidência indiana do G20, "Um Planeta , Uma Família, Um Futuro" , afirma o valor de toda a vida (humana, animal, vegetal, e micro-organismos) e a sua interligação no planeta Terra e no universo mais vasto. A cimeira acontece entre 9 e10 de setembro em Nova Deli
Entre 30 de novembro e 12 de dezembro, o Dubai acolhe a COP28. A colaboração não é opcional, mas essencial se quisermos inverter a crise climática.