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O alto funcionário militar da OTAN apela aos países da OTAN para que passem para uma «economia de guerra»


Presidente do Comité Militar da OTAN, Almirante Rob Bauer - ANDREW VAUGHAN / ZUMA PRESS /CONTACTOPHOTO 


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O presidente do Comité Militar da OTAN, o Almirante holandês Rob Bauer, argumentou que os Estados membros da OTAN precisam de mudar para uma "economia de guerra" para satisfazer as necessidades da Ucrânia face à invasão russa.


"Precisamos de aumentar a produção da indústria de defesa e já se fala cada vez mais sobre isto a nível nacional. Isto poderia significar dar prioridade a certas matérias-primas, certas capacidades de produção necessárias para a indústria de defesa em vez da civil. Estas prioridades devem ser discutidas, parcialmente, sobre uma economia de guerra em tempo de paz", disse Bauer numa entrevista com a estação de televisão portuguesa RTP no sábado.


Bauer disse que no último quarto de século a economia global tem funcionado com base no princípio do "de vez em quando", mas as perdas materiais e técnicas significativas da guerra revelaram a fraqueza desta abordagem."Ambos os lados gastam muitas munições e material destrutivo: tanques e aviões. Ambos os lados precisam de comprar muita matéria-prima e munições para continuar a lutar. O problema para ambos é que a indústria da defesa no Ocidente e na Rússia precisa de aumentar a sua produção", argumentou ele. As reservas em arsenais "normalmente não são necessárias, mas assim que são necessárias, é uma loucura", disse ele.


Para conseguir esta transição será necessária uma mudança na mentalidade da população, que ele descreveu como "difícil". "Temos de garantir que os russos não ganham a guerra na Ucrânia. Se o fizerem, teremos um problema muito maior em termos de dinheiro e de defesa: os russos estarão nas nossas fronteiras", advertiu ele.


Bauer apontou o rearmamento como uma das principais prioridades da Aliança, que ele reconheceu ter perdido o seu monopólio de iniciativa militar. Entretanto, Moscovo mantém objectivos estratégicos que vão para além da Ucrânia e procura recuperar a dimensão da antiga União Soviética, salientou.


Fonte: (EUROPA PRESS)

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