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Ópera de Arame recebe bailarinos de todo o Brasil na segunda edição do Prêmio Curitiba na Dança

Com júri de peso, a programação nos dias 7, 8 e 9 de julho será aberta ao público mediante compra de ingresso


Curitiba é sede do maior festival de teatro do País, mas também tem se consolidado como um cenário importante na dança nacional. É o que reforça o Prêmio Curitiba na Dança, que chega a sua segunda edição nos dias 7, 8 e 9 de julho e tem a capital paranaense como casa. Dois pontos emblemáticos da cidade serão palco de competição e programas de dança entre os mais de 1500 bailarinos participantes vindos de todo o Brasil: a Ópera de Arame e o Teatro Cleon Jacques.



O evento terá três dias de programações simultâneas nos dois teatros, e se divide em mostras competitivas e programas de dança. Aberto ao público geral, os ingressos para cada dia podem ser comprados pelo Sympla com entrada inteira (R$73+taxas) e meia (R$36,50+taxas). A programação detalhada está disponível no site do prêmio.



"Por que uma cidade como essa, com tamanha importância cultural e histórica para o Brasil, não tem um grande evento de dança? A gente sempre se questionava 'por que sempre temos que sair daqui para mostrar os trabalhos?'. Chegou a hora de isso ser importante em Curitiba", conta a diretora geral do prêmio, a coreógrafa Eliane Fetzer, à frente da respeitada escola Eliane Fetzer Centro de Dança.



No Ópera de Arame, os grupos, criteriosamente escolhidos por meio de uma seletiva, apresentam os trabalhos coreográficos, que serão julgados por uma banca de júri renomada. O corpo de jurados traz nomes inéditos para o cenário da dança paranaense, como Erika Novachi, Edy Wilson e Adriana Assaf, ressaltando a importância do evento à nível nacional.



A premiação vai elencar os três primeiros colocados em cada categoria, que serão premiados com troféus e medalhas, além de prêmios especiais em dinheiro, totalizando mais de R$10 mil. Os prêmios serão entregues entre os grupos melhor bailarino, melhor bailarina, melhor grupo, coreógrafo destaque e prêmio destaque do evento, a partir da avaliação do júri.



"Curitiba é um grande polo cultural, que já está na rota de grandes shows e artistas nacionais e internacionais. Realizar um prêmio como esse, direcionado ao artista da dança, cria muitas possibilidades culturais e econômicas para a cidade", reflete o bailarino e coreógrafo Juliano Peçanha, diretor artístico do prêmio.



Diferentemente da mostra competitiva, o Move in Jazz, o Grand Coda Ballet e a Cena Contemporânea são programas não competitivos que buscam o diálogo entre os bailarinos, diretores e o júri avaliador, no qual são ofertadas bolsas e oportunidades dentro da dança pelos parceiros do evento. "Desde o início, a proposta do prêmio não é ser competitivo, mas criar oportunidades. Essas oportunidades não acontecem em todos os festivais que a gente vai", comenta Fetzer.



O programa Cena Contemporânea agita o palco do Teatro Cleon Jacques no dia 8 de julho, além de promover cursos e debates entre júri, bailarinos e coreógrafos nos outros dias do evento. O espaço é parte do complexo cultural do Parque São Lourenço, ao lado do Memorial Paranista, recentemente reformado e reaberto ao público.



Além da formação de bailarinos e profissionais da arte em geral, os diretores buscam fomentar a formação de plateia nos teatros. "A gente sabe: o público curitibano tem fama de ser exigente, não à toa temos o Festival de Teatro na cidade. Então queremos mostrar que existe um evento de qualidade, que passa por uma curadoria. O prêmio merece muito ser visto e apreciado pelo público em geral, para que se consuma, também, esse outro tipo de arte que é a dança", defende Peçanha.



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