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O que faz de Curitiba a segunda melhor cidade do Brasil para startups

Integração entre empresas, poder público, entidades representativas e instituições de ensino e pesquisa potencializam ecossistema de inovação; confira relato de empreendedor em franca expansão


O empreendedor Denny Mews (Foto) é de Santa Catarina. Lá se formou e acumulou experiência profissional. Mas, há quatro anos, escolheu Curitiba para fundar sua startup, a CargOn. Aliás, a capital paranaense é a segunda do Brasil em número de empreendimentos desse tipo no país, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). É, também, a segunda melhor cidade brasileira para startups, e a quinta da América do Sul, de acordo com o Startup Ecosystem Index Report 2023.


Mas, o que faz da terra das araucárias berço para esses negócios? Para o próprio Denny Mews, o Paraná, de um modo geral, dispõe de um ecossistema de inovação que potencializa investimentos. “Sou catarinense, e a ideia de empreender em startup surgiu lá. Foi em Santa Catarina que obtive experiência na área de transporte e logística, passei a compreender as dores do setor. No entanto, ao decidir onde abrir a startup, optei por Curitiba, porque o ecossistema do Paraná é muito bom”, A criação do produto – a CargOn é um operador logístico digital – deu-se em 2019, segundo o empresário. A abertura da logtech ocorreu em 2020. De lá para cá, a startup experimenta movimento de franca expansão. Possui clientes (empresas de diversas atividades econômicas) em várias partes do Brasil. “No primeiro ano completo, crescemos 1.600%. No segundo, 130%. Queremos chegar a 2025 com faturamento anual de R$ 80 milhões”, contabiliza Mews. A CargOn conta com um time de 32 colaboradores.

Ao comentar o resultado do Startup Ecosystem Index Report 2023, o prefeito Rafael Greca citou como fator decisivo o ecossistema do Vale do Pinhão, projeto da Prefeitura de Curitiba que, em articulação com empresas, entidades e instituições de ensino e pesquisa, fomenta a criação e consolidação de startups.

Pelo segundo ano consecutivo, a cidade aparece na vice-liderança do ranking, ficando atrás apenas de São Paulo. No cenário sul-americano, além da capital paulista, tem à frente apenas Bogotá (Colômbia), Santiago (Chile) e Buenos Aires (Argentina). Para se ter uma ideia, estão na cidade paranaense as três startups unicórnios do sul do Brasil (com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão).

PARANÁ

No Startup Ecosystem Index Report 2023, outras duas cidades do Paraná se destacam: Maringá, a 18ª melhor do Brasil para esses empreendimentos, e Londrina, a 28ª no ranking. Fato que atesta a percepção a qual Denny Mews, anos atrás, já tinha sobre o potencial do Estado como ecossistema de inovação, quando resolveu se instalar em Curitiba.

Assim como no caso curitibano, a união entre poder público, empresas, entidades do setor de tecnologia e universidades também marca o setor em escala estadual. Uma demonstração vem de projetos liderados ou tendo como protagonista a seção regional da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologias da Informação, a Assespro-Paraná. São ações que vão desde fomento financeiro à formação de mão de obra qualificada para empresas de TI (Tecnologia da Informação).

Em 19 de junho último, por exemplo, foi firmado o primeiro contrato de financiamento do programa Inova Juro Zero, do Governo do Estado (pela agência Fomento Paraná), com forte atuação de intermediação da Assespro-Paraná.

O Estado tido como “celeiro”, pelo protagonismo no agronegócio, também é “celeiro de inovação”, nas palavras da presidente da entidade, Josefina Gonzalez. A Assespro-Paraná, por sinal, conta com uma vice-presidência para startups onde, recém-eleito, foi Denny Mews, da CargOn.

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Por: Engenharia de Comunicação
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