O preenchimento com ácido hialurônico se tornou protagonista para melhorar o volume e a aparência da pele, sendo considerado uma opção popular entre aqueles que buscam a harmonização facial.
O efeito rápido e o fácil acesso têm levado mulheres e homens para os consultórios, mas pouco se fala sobre o uso do produto a longo prazo.
Aplicado desde as camadas internas da pele até locais mais profundos, próximos ao esqueleto, acredita-se que é absorvido pelo corpo em até 18 meses em média e, a partir de então, pode ser reaplicado.
Contudo, no início do ano um exame de ressonância magnética identificou que um preenchimento com o produto feito há 4 anos não tinha se dissolvido e continuava sob a pele da jornalista e escritora britânica, Alice Hart-Davis.
O médico cirurgião plástico da face, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Yuri Moresco, revela que o resultado do exame não é atípico e na verdade embasa um assunto importante de ser discutido a respeito da sobreposição e produtos que permanecem no corpo.
O médico cirurgião plástico da face, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Yuri Moresco, revela que o resultado do exame não é atípico e na verdade embasa um assunto importante de ser discutido a respeito da sobreposição e produtos que permanecem no corpo.
“Por mais que o ácido hialurônico exista naturalmente nas membranas das nossas células, sendo importante para hidratação, a sua aplicação na face é diferente e se trata de um produto sintético que deixa resíduos”, explica Moresco.
Além do problema da sobreposição que vai conferindo artificialidade aos aspectos da face, o cirurgião plástico alerta sobre o efeito rebote.
Além do problema da sobreposição que vai conferindo artificialidade aos aspectos da face, o cirurgião plástico alerta sobre o efeito rebote.
“Os pacientes precisam saber que o efeito de rejuvenescimento que o ácido hialurônico promove, devolvendo o volume da face, faz uma dermo expansão, ou seja, um efeito sanfona que distende ao preencher e esvazia quando começa a ser absorvido.
Conforme as aplicações ocorrem, a pele elástica fica mais propensa a queda após o dito “tempo de absorção”. Além disso mais produto será necessário para preencher ao longo dos anos”, prevê o médico.
Moresco ainda revela que não realiza harmonização facial com ácido hialurônico, mas por meio de lipoenxertia. “Ela é permanente e não tem risco de rejeição, pois é utilizada a gordura do próprio paciente por meio de um transplante celular de uma região do corpo para outra.
Moresco ainda revela que não realiza harmonização facial com ácido hialurônico, mas por meio de lipoenxertia. “Ela é permanente e não tem risco de rejeição, pois é utilizada a gordura do próprio paciente por meio de um transplante celular de uma região do corpo para outra.
É uma cirurgia que recupera o volume do rosto de forma natural”, explica. De acordo com o cirurgião plástico da face, o procedimento pode ser realizado na região malar, bochechas, mandíbula, lábios e nas olheiras para preencher linhas finas de expressão.
Entretanto Moresco faz algumas observações em relação ao perfil e também expectativas dos pacientes. “Como a lipoenxertia se trata de transplante de células e é permanente, recomenda-se que o paciente não fique oscilando seu peso corporal.
Entretanto Moresco faz algumas observações em relação ao perfil e também expectativas dos pacientes. “Como a lipoenxertia se trata de transplante de células e é permanente, recomenda-se que o paciente não fique oscilando seu peso corporal.
Um percentual aceito é de até 5%. Além disso, técnicas de filtragem e centrifugação da gordura precisam ser aplicadas para que ela tenha menos reabsorção natural do organismo. O procedimento quando comparado com ácido hialurônico e fios de sustentação é disparado o que tem mais satisfação a longo prazo”, finaliza.
Sobre Yuri Moresco
Yuri Moresco é médico, cirurgião plástico com atuação em cirurgias estéticas faciais e cirurgias plásticas reparadoras em crianças.
Sobre Yuri Moresco
Yuri Moresco é médico, cirurgião plástico com atuação em cirurgias estéticas faciais e cirurgias plásticas reparadoras em crianças.
Com mais de 850 procedimentos cirúrgicos no histórico profissional, e requisitado por pacientes brasileiros e estrangeiros, é formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR, com Residência Médica de Cirurgia Geral no Hospital e Maternidade Angelina Caron (PR) e formação em Cirurgia Plástica no Hospital SOBRAPAR – Crânio e Face, em Campinas (SP), que é referência em cirurgias craniofaciais em pacientes adultos e infantis.
Cresceu no interior do Paraná valorizando as coisas simples da vida. Neto de avó pintora e pai pediatra, atualmente atende centenas de crianças em quadros clínicos com deformidades congênitas, como Chefe de Cirurgia Plástica do Hospital Oncopediátrico Erastinho, referência em pediatria nacional, também é Preceptor na Residência em Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas da UFPR, além de estar à frente da Clínica Moresco, um Centro Avançado de Cirurgias da Face, com protocolos estéticos de tratamento estabelecidos e patenteados por ele, como o Full Rejuvenation Protocol.
Por Julia Cristina Nascimento e Silva