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Dias de desespero em Gaza


Relatos de momentos tensos, sem combustível, água, eletricidade ou abrigo seguro



As redes de telefone e internet foram restabelecidas este domingo na Faixa de Gaza. O apagão nas comunicações coincidiu com início da ofensiva terrestre israelita, na sexta-feira. No primeiro contacto em dois dias, os membros das organizações internacionais no terreno relatam "noites extremamente tensas, com muitos ataques aéreos - sem combustível, água, eletricidade ou abrigo seguro".


A missão das Nações Unidas alerta que a ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza a partir do Egipto é escassa e inconsistente. As provisões estão praticamente a esgotar-se e a maior parte dos palestinianos não têm acesso aos bens de primeira necessidade.


Este sábado, várias pessoas invadiram os centros de abastecimento alimentar da ONU. A agência sublinha que este é "um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a quebrar".


O Comissário Europeu para a Gestão de Crises, responsável pela Proteção Civil Europeia e pela Ajuda Humanitária, lembra que "as pessoas em Gaza dependem da ajuda humanitária para sobreviver a cada dia" e que o desespero em que vivem "ultrapassa as palavras".


Pede-se, de novo, "um acesso humanitário seguro e sem entraves" ao território palestiniano.


O Hospital Al-Quds, na Cidade de Gaza, dá neste momento abrigo a 12 mil pessoas. A Cruz Vermelha palestiniana confirma ter recebido duas chamadas das autoridades israelitas na manhã de domingo, exigindo a evacuação do edíficio.


A organização diz que a tarefa é impossível porque não há forma nem lugar para transferir os feridos em segurança.


Israel anunciou entretanto que duas condutas de abastecimento de água foram reabertas, mas não há confirmação independente da informação.


O Hamas diz que os ataques em Gaza já fizeram mais de 8 mil mortos desde 7 de outubro.


O Procurador-Geral do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, terá visitado o ponto de passagem de Rafah, entre o Egipto e Gaza, este domingo. Informação avançada por um alto funcionário egípcio, citado pela Associated Press. O gabinete de Khan abriu uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos em Gaza.


  • De  Euronews com Agências
  • Publicado a 29/10/2023 - 19:02

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