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Indicação Geográfica: tortas de Carambeí podem receber reconhecimento nacional



Com tradição gastronômica de mais de um século, Carambeí já é conhecida como a “Cidade das Tortas” por causa das receitas de origem holandesa que são elaboradas de forma artesanal, com insumos não industrializados e regionais.. 
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Por AEN

O município de Carambeí, nos Campos Gerais, deu mais um passo em busca do reconhecimento da qualidade e da originalidade das suas famosas tortas. A Associação dos Produtores de Tortas de Carambeí (APTC) protocolou no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o pedido do registro de Indicação Geográfica (IG) dos doces e salgados locais.

O pedido foi depositado no instituto na semana passada. Agora, o INPI analisa a documentação e faz as exigências necessárias para dar sequência ao processo de concessão do selo.

Com tradição gastronômica de mais de um século, Carambeí já é conhecida como a “Cidade das Tortas” por causa das receitas de origem holandesa que são elaboradas de forma artesanal, com insumos não industrializados e regionais.

De acordo com o vice-presidente da APTC, Diego Wolf, Carambeí tem o potencial de projetar as tortas nacionalmente, fomentando a economia e o turismo da cidade. “É uma forma de garantir a qualidade dos nossos produtos e dar a devida visibilidade. Vamos colocar uma marca no mapa do Paraná, reafirmando que somos uma referência em tortas e dando visibilidade a elas”, afirma. 

SELO DE QUALIDADE – O selo de Indicação Geográfica elenca cidades e regiões que são referência em determinados produtos ou serviços, com garantias de procedência, autenticidade e qualidade.

No caso das tortas de Carambeí, o pedido depositado determina especificações técnicas para as receitas, como ingredientes, procedência, dimensões, sabores e até número de camadas.

“São detalhes importantes para a garantia da qualidade e da autenticidade dos produtos. É uma forma de assegurar que a torta que está sendo consumida tem a origem e o sabor que o cliente deseja. É um processo muito rigoroso”, afirma Wolf.

De acordo com a consultora do Sebrae-PR, Maria Isabel Guimarães, as especificações funcionam como uma proteção da tradição da cidade na produção de tortas de alta qualidade. “Assim que o selo for concedido, todas as tortas com Indicação Geográfica terão a garantia da qualidade e da procedência que fizeram Carambeí ser esta referência”, destaca. 

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA – Em todo o País existem 115 produtos registrados com indicações de procedência ou com denominação de origem.

Atualmente, o Paraná é o segundo estado com mais produtos com o selo de Indicação Geográfica concedidos em todo o Brasil, com 14 selos: cachaça de Morretes; melado de Capanema; mel de Ortigueira; cafés especiais do Norte Pioneiro; morango do Norte Pioneiro; vinhos de Bituruna; goiaba de Carlópolis; mel do Oeste do Paraná; barreado do Litoral; queijos coloniais de Witmarsum; bala de banana de Antonina; erva-mate São Matheus do Sul do Paraná; camomila de Mandirituba; e uvas finas de Marialva. Eles foram objeto de uma série especial de reportagens da Agência Estadual de Notícias. Além das tortas de Carambeí, também possuem pedidos depositados em busca do registro as broas de Centeio de Curitiba; mel de Prudentópolis; urucum de Paranacity; queijos do Sudoeste do Paraná; cracóvia de Prudentópolis; carne de onça de Curitiba; café de Mandaguari; poncã de Cerro Azul; ovinos e caprinos da Cantuquiriguaçu; ginseng de Querência do Norte; e ostras do Cabaraquara, no Litoral.

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