O segredo está nos incentivos em ecossistemas; Na área de TI, a cidade conta com o Programa Tecnoparque, que oferece desconto no ISS para as empresas participantes
Caroline Souza, vice-presidente de Governança e Planejamento da Assespro-PR
É justamente no Tecnoparque citado por Josefina que o empreendedorismo curitibano tem um de seus grandes exemplos. As empresas certificadas no Tecnoparque, juntas, faturam cerca de R$3,8 bilhões por ano e empregam 3,7 mil pessoas. Para este ano, anunciaram um investimento de R$160 milhões em seus projetos de inovação como contrapartida ao benefício fiscal.
Recentemente, 21 novos membros ingressaram neste ecossistema, criado pela prefeitura de Curitiba em parceria com a Vale do Pinhão, que apoia negócios na implementação de projetos inovadores. A meta é que esses novos integrantes contribuam para o desenvolvimento socioeconômico da cidade.
"A inovação só tem valor quando se transforma em um processo social. Desde o início da minha segunda gestão como prefeito, a partir de 2018, ampliamos o Tecnoparque, trazendo para Curitiba uma grande esperança e prosperidade. A governança originada no Vale do Pinhão é o bem que desejamos para Curitiba e que, se Deus quiser, todos vocês irão multiplicar", destacou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, durante a cerimônia de adesão de novos integrantes ao projeto.
Relançado em 2018, o Tecnoparque oferece às empresas beneficiadas uma redução na alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS), passando de 5% para 2%. Em contrapartida, as empresas participantes do programa devem investir o valor economizado em projetos de base tecnológica, promovendo inovação e gerando empregos na cidade.
De acordo com Caroline Souza, vice-presidente de Governança e Planejamento da Assespro-PR, o Tecnoparque contribui significativamente para o desenvolvimento tecnológico e econômico de Curitiba, incentivando a inovação e criando oportunidades de trabalho para a população local. A colaboração e troca de conhecimento entre as empresas participantes fomentam um ambiente propício ao crescimento e competitividade no setor tecnológico.
“A expectativa é que, com esse incentivo fiscal, mais empresas sejam atraídas a investir em Curitiba, fortalecendo ainda mais o ecossistema de inovação da região”, afirmou.
Empresas ou instituições de tecnologia podem participar do Tecnoparque, desde que atendam aos seguintes critérios: estar formalmente constituída; ter sede e instalações de pesquisa e desenvolvimento dentro do perímetro urbano de Curitiba; não ser optante do Simples Nacional; ser classificada como de base tecnológica.
- Nicole Thuler
- Engenharia de Comunicação