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Fiscalização poderia evitar tragédia na Fernão Dias, diz especialista

Segundo ANTT, ônibus não tinha licença para realizar o transporte interestadual de passageiros


Acidente com ônibus que transportava torcedores do Corinthians. 
Reprodução/Redes Sociais

Por Patricia Penzin

O trágico acidente com um ônibus de torcedores do Corinthians, que deixou sete mortos e mais de 20 feridos nesta madrugada de domingo (20) no km 525 da Rodovia Fernão Dias (BR-381), em Igarapé (MG), revela, mais uma vez, a necessidade de ampliar a fiscalização de veículos do transporte coletivo. Informações preliminares indicam que o ônibus estava sem freios, o que teria levado o motorista a perder o controle do veículo e capotar.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou ao site Estradas.com que a empresa "não tinha licença emitida para realizar o transporte interestadual de passageiros.

Portanto, a viagem é considerada irregular". “Essas fiscalizações são imprescindíveis para garantir que esses veículos circulem com as mínimas condições de segurança. 

Nessas ações é possível verificar se a manutenção está em dia, se os pneus não estão carecas e as condições de conservação, que podem ser decisivas para causar um sinistro de trânsito. 

(Alysson Coimbra, médico especialista em Medicina do Tráfego).
Estamos, portanto, de mais uma tragédia que poderia ter sido evitada”, afirma o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.


Segundo divulgado pelo site Estradas.com, o veículo está com o cronotacógrafo vencido há quase três anos e não poderia estar circulando. O equipamento registra velocidade praticada, tempo de direção e distância percorrida. 

O especialista em segurança viária explica que, ao contratar um serviço de transporte, é preciso verificar se o veículo está devidamente registrado na ANTT. 

O critério não pode ser apenas o valor do serviço, é uma economia que pode custar a vida. “Quando se usa um transporte clandestino, o usuário não tem a segurança de que o motorista está apto a dirigir, descansado ou que o veículo está com a manutenção em dia. 

Além disso, empresas clandestinas operam sem seguro. Em caso de acidentes, os passageiros estarão entregues à própria sorte, sem o suporte necessário. Por isso é imprescindível que as pessoas escolham sempre empresas regularizadas”, observa Coimbra.

O especialista explica que empresas legalizadas são obrigadas a seguir todas as normas de segurança da legislação. "Antes de embarcar, observe a conservação dos pneus e verifique se o veículo tem o selo da ANTT e a identificação da empresa. O selo é uma garantia pois a agência adota critérios de segurança e monitoramento para autorizar as viagens", reforça.


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