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No Dia Mundial da Meteorologia, ONU prioriza sistemas de alerta precoce

Um terço da população mundial ainda não tem cobertura de mecanismos de aviso prévio; secretário-geral chama a atenção para dimensão de prejuízos globais dos fenômenos climáticas causados pela ação humana.



23 março 2022


As Nações Unidas vão liderar novas ações para garantir a proteção dos habitantes do planeta por sistemas de alerta precoce nos próximos cinco anos.


A informação foi dada na celebração do 23 de março, o Dia Mundial da Meteorologia.  O lema da data em 2022 é “Alerta Antecipado e Ação Antecipada” e ressalta a importância da iniciativa para a redução do risco de desastres.


Perturbações

A data marca a entrada em vigor da convenção que criou a Organização Meteorológica Mundial, OMM, em 1950. Uma das ênfases dos eventos globais é mostrar como os serviços meteorológicos contribuem para a segurança e o bem-estar da sociedade.


Em mensagem, o secretário-geral António Guterres lembrou os danos causados pela humanidade como reflexo das perturbações climáticas que afetam todas as regiões.


O chefe da ONU mencionou o relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas que detalha o sofrimento que já acontece. Segundo ele, metade da humanidade já está na zona de perigo. A previsão é que o aumento do aquecimento global agrave ainda mais a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos.


Por isso, Guterres pede a limitação do aumento da temperatura global a 1,5oC. Esse nível exige uma redução de 45% nas emissões globais até 2030 para atingir a neutralidade de carbono em meados do século.


Aquecimento Global

No entanto, as Nações Unidas têm ressaltado que com base nos atuais planos climáticos nacionais, o aquecimento global deverá atingir 2,7°C até o final do século.


Para Guterres, tais compromissos devem elevar as emissões globais quase 14% nesta década.


O líder das Nações Unidas apela os países a acabar com “o vício dos combustíveis fósseis, especialmente do carvão”.


Ao mesmo tempo, ele recomenda um investimento na adaptação e resiliência, além de informações para antecipar tempestades, ondas de calor, inundações e secas.



África

Guterres destaca que um terço da população mundial, principalmente nos países menos desenvolvidos e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento, ainda não tem cobertura de sistemas de alerta precoce.


Na África, a proporção chega a 60% das pessoas.


O chefe da ONU lembrou que os sistemas de alerta precoce e ações prévias salvam vidas.


Para garantir a liderança nesse campo no próximo quinquênio, ele solicitou à OMM que apresente um plano de ação na próxima conferência climática das Nações Unidas, prevista para este ano no Egito.


 

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