Getting your Trinity Audio player ready...
Mostrando postagens com marcador Clima e Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Clima e Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens

Simepar indica frio rigoroso no fim de semana, com temperaturas negativas no Sul do Estado

Chegada de uma frente fria sexta-feira (28) fará com que temperatura tenha queda brusca em todo o Paraná. Os menores valores serão registrados nas cidades de Palmas e General Carneiro, com mínimas de -2°C no domingo (30). Em Curitiba, as temperaturas oscilarão entre 1°C e 12°C.


Simepar indica frio rigoroso no fim de semana, com temperaturas negativas no Sul do Estado.
Foto: Gilson Abreu/AEN

@AEN

Demorou, mas aquele frio com temperaturas próximas ao 0ºC e possibilidade de geada, enfim, está chegando ao Paraná. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os próximos dias serão de “bater o queixo”. De sábado (29) até a terça-feira (2), a temperatura média em todo o Estado ficará abaixo dos 10°C, com valores ainda menores nos municípios do Sul, como Palmas e General Carneiro, que podem registrar mínimas de até -2°C no domingo (30).


Até mesmo regiões com clima mais ameno sentirão o reflexo da primeira onda mais forte de frio do inverno. Em Londrina, Maringá e nos municípios do Litoral como Morretes e Matinhos, por exemplo, as temperaturas mínimas ficarão em torno de 7°C. Já Curitiba registrará um valor mínimo de 1°C no domingo, com sensação térmica ainda menor por causa do vento.


Meteorologista do Simepar, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Reinaldo Kneib explica que essa mudança brusca de temperatura é decorrente da entrada de uma massa de ar frio na região do Paraná a partir desta sexta-feira (28). “É uma massa de ar de origem polar, que vem do extremo sul do continente. A frente fria virá acompanhada de chuva, vento e raios e, na sequência, no fim de semana, a incursão desse ar extremamente gelado vai provocar uma diminuição das temperaturas em todas as regiões paranaenses”, explica.


Outra consequência do tempo frio são as geadas. Nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram as menores temperaturas, o fenômeno poderá ocorrer com intensidade forte no fim de semana. Já na Região Metropolitana de Curitiba, a geada será um pouco mais branda, com concentração em municípios como Colombo e Araucária.


“As temperaturas permanecem baixas mesmo durante a parte da tarde, quando o sol estiver mais forte. Em cidades como Curitiba e União da Vitória, a temperatura não passará dos 12°C, e em Guarapuava, a máxima será de 14ºC”, afirma Kneib.


INFORMAÇÃO EM TEMPO REAL – No site do Simepar estão disponíveis informações atualizadas sobre as condições do tempo no quadro Palavra do Meteorologista. Pode ser consultada a previsão para até 15 dias por município e região do Paraná. Também podem ser visualizadas imagens de satélite, radar, raios, modelo numérico e telemetria (temperaturas e chuvas). Previsões são divulgadas diariamente no podcast Simepar Informa.



ALERTA GEADA – O Simepar disponibiliza também, até o final do inverno, previsões de geadas para todas as regiões por categorias de intensidade (fraca, moderada ou forte) com antecedência de até 72 horas. Avisos são lançados no serviço Alerta Geada, mantido em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e disponível nos seguintes canais: aplicativo IDR Clima, site do IDR-Paraná e pelo telefone (43) 3391-4500.


De acordo com o IDR-Paraná, no caso de geadas é recomendável a proteção das lavouras passíveis de cuidados preventivos no campo e nos viveiros. Os cafeeiros até dois anos devem ser protegidos com palhada (mistura de palha e farelo) ou terra. Os canteiros e estufas de hortaliças em geral necessitam de aquecimento, irrigação ou cobertura. Também devem ser protegidas as mudas recém-plantadas de frutíferas e espécies florestais tropicais. Em caso de forte resfriamento, as granjas de aves e suínos também precisam ser aquecidas.

Oito em cada 10 brasileiros se preocupam com mudanças climáticas

Para 71%, eventos extremos estão mais intensos e frequentes


Dênio Simões/MIDR 



@ Agência Brasil 🇧🇷 


Há quem goste de dias nublados, do cheiro de terra úmida e de observar a chuva escorrendo pela janela de casa. Mas, quando os serviços de meteorologia preveem chuva intensa, a maioria dos brasileiros associa o evento natural a tempestades, alagamentos, vendavais, queda de árvores, destruição e prejuízos.  


Segundo dados da pesquisa o Natureza e Cidades: a relação dos brasileiros com a mudança climática, 64% dos brasileiros – ou seis em cada dez pessoas – sentem medo de precipitações intensas e temporais. O levantamento inédito trata da percepção da população brasileira sobre as mudanças climáticas.


O estudo foi realizado pela Fundação Grupo Boticário, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil; da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma); e da Aliança Bioconexão Urbana.


Eventos extremos

O estudo mostra também que oito em cada dez brasileiros estão preocupados com a mudança do clima, e 71% dos entrevistados percebem que, com o passar do tempo, os eventos climáticos extremos estão ficando cada vez mais frequentes e intensos.


A pesquisa também identificou que 64% das pessoas sabem que a mudança do clima vai além do aquecimento do planeta. Para 93% dos brasileiros entrevistados, eventos como tempestades, ondas de calor e de frio, ciclones e outros, estão ficando cada vez mais intensos em todo o planeta. Por este motivo, para 91% dos brasileiros, as mudanças climáticas são consideradas importantes.


Para a diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, o resultado da pesquisa pode fazer com que as pessoas reflito sobre soluções.


“A pesquisa nos permite compreender melhor os impactos diretos das mudanças do clima na vida da população, o nível de entendimento das pessoas sobre o aumento dos fenômenos climáticos extremos e, também, refletir sobre possíveis caminhos para tornar nossas cidades mais resilientes à nova realidade.”


Impactos

Cerca de uma a cada três pessoas (35%) já se sentiram impactadas ou tiveram um familiar diretamente impactado por fenômenos climáticos extremos. Entre esses impactados, 65% relatam alguma perda financeira, com prejuízo médio estimado de R$ 8.485,00 por pessoa.


Entre os eventos que geraram essas consequências diretas, os mais citados foram: chuvas fortes ou tempestades (45%), ventanias (21%), inundações e alagamentos (21%), ondas de calor (20%), períodos longos de estiagem (7%) e, por fim, deslizamentos de terra ou desmoronamentos (5%).


O estudo propôs uma escala de 0 a 10 para que os entrevistados marcassem outras repercussões das mudanças climáticas. O aumento nos preços dos alimentos figurou em primeiro lugar, com nota média de 8,8 nesta escala. Outras marcações dos entrevistados igual ou acima de 8, na escala, incluem: extinção de espécies (8,5); aumento do nível do mar (8,2); crise no abastecimento de água (8,1) e crise na geração de energia (8).


Em um recorte que considera a região onde vivem os entrevistados, a população que se sente mais impactada diretamente é a da Região Sul (45%), seguida por Sudeste (36%), Norte (34%), Centro-Oeste (32%) e Nordeste (29%).


Justiça climática

A pesquisa também mostrou que 39% das pessoas entrevistadas percebem que as mudanças do clima impactam, de forma e intensidade diferentes, grupos sociais e países distintos.  


Para a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, essa consciência é relevante na busca de igualdade de direitos.


“Essa compreensão é importante para percebermos que não se trata de uma questão meramente ambiental, é também uma questão ética e política. Portanto, como sociedade, precisamos avançar no entendimento sobre a justiça climática”.  


Nas capitais brasileiras, em média, 59% já assimilaram que mudança climática não é a mesmo que previsão do tempo. No entanto, o entendimento sobre causas e consequências das mudanças climáticas varia conforme a escolaridade dos entrevistados.


Segundo os dados coletados, quanto menor o nível de escolaridade, menor a compreensão sobre como o ser humano influencia nas alterações do clima do planeta – o que pode sinalizar a desigualdade no acesso à informação pelas pessoas com menor grau de instrução.


Verde nas cidades

Além de investigar a opinião da população brasileira sobre as mudanças climáticas, o estudo da Fundação Grupo Boticário tem o objetivo de mostrar a importância de aumentar a presença de áreas verdes nas cidades para amenizar o impacto desses eventos extremos nas regiões urbanas.


Quase a totalidade dos entrevistados (98%) gostariam de viver em cidades mais arborizadas – com mais árvores nas ruas, mais parques urbanos e corredores verdes.


Nove em cada dez entrevistados percebem que a sensação de calor é maior em regiões com menos áreas verdes. Para 86% dos entrevistados, os espaços verdes estão diminuindo; e 26% disseram que moram em regiões sem parques, bosques ou áreas verdes.


Mudança de hábitos

Diante destas percepções, 87% dos entrevistados admitiram estar dispostos a mudar seus hábitos em benefício do planeta, sendo que 19%, não indicaram como mudá-los. Dentre os que citaram mudanças, as alternativas listadas incluem: reciclar e descartar o lixo corretamente (24%), plantar árvores (15%), evitar uso de plástico (8%) e usar meios de transporte menos poluentes (8%).


A professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Cecilia Polacow Herzog, afirma que é importante aproveitar essa disposição de mudança para incentivar medidas que reduzam o aquecimento global.  


Ela também cita algumas ações que podem ser praticadas para ajudar na conscientização daqueles que não sabem o que fazer: "o uso de transporte público e bicicletas; a economia de energia e o uso de energia renovável; o plantio de árvores; os cuidados com as áreas naturais de forma geral e o consumo consciente – privilegiando produtos e serviços de empresas comprometidas com a redução de seus impactos negativos na sociedade e no meio ambiente, entre outras iniciativas".


"Além disso, é importante incentivar o voto consciente em candidatos que compreendam a importância da conservação da natureza para o nosso futuro”,


COP 28

A pesquisa Natureza e Cidades: a relação dos brasileiros com a mudança climática será divulgada na íntegra no dia 2 de dezembro, durante a 28ª Conferência de Mudanças do Clima da ONU (COP 28), que ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes.


O levantamento ouviu 2 mil pessoas com idades de 18 a 64 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais, nas cinco regiões do país. Na amostra, 50,5% dos entrevistados residem em capitais e 49,5% vivem nas demais cidades.  


A expectativa é de a COP 28 reúna 197 países e mais de 200 líderes internacionais, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que viaja acompanhado de sua ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.


Primavera começa às 3h50 deste sábado

Horário marca o equinócio de primavera para o hemisfério sul


@Marcelo Casal/Agência Brasil 

@Agência Brasil 🇧🇷 


Começa na madrugada deste sábado (23), mais precisamente às 3h50 da madrugada, a primavera no hemisfério sul. É neste horário que ocorre o chamado equinócio de primavera, quando o dia e a noite têm a mesma duração. É também neste horário que acontece, no hemisfério norte, o equinócio de outono.


Segundo o Observatório Nacional, o que marca as estações do ano é exatamente a maneira como os raios solares incidem nos hemisférios.


“Além da temperatura, um dos efeitos que evidenciam as estações é a variação dos comprimentos dos dias, ou seja, a quantidade de tempo que o Sol fica acima do horizonte”, informou o Observatório Nacional, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.


As estações são mais percebidas na medida em que se afastam da linha do equador - linha imaginária que divide os dois hemisférios. Assim sendo, as características de cada estação praticamente não existem nas regiões próximas a essa linha.


“No início da primavera, os dias terão aproximadamente o mesmo comprimento das noites. No hemisfério sul, os dias vão ficando cada vez maiores e as noites cada vez menores, até o maior dia do ano, que ocorre no início do verão, que neste ano será no dia 22 de dezembro”, explicou Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional.


Rotação da Terra

As diferentes estações do ano decorrem da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de órbita; e da posição do planeta em seu movimento de translação ao redor do Sol.


“À medida que a Terra orbita o Sol, seu eixo inclinado sempre aponta na mesma direção e isso faz com que diferentes partes da Terra recebam os raios diretos do Sol”, esclarece o Observatório.


Os solstícios e os equinócios não ocorrem sempre nos mesmos dias do ano. Em alguns anos, por exemplo, ele pode ser no dia 22. Em outros, a exemplo deste ano, podem acontecer no dia 23. Entre os motivos dessas diferenças está o de que o tempo decorrido entre dois equinócios é menor que o ano sideral, definido como o tempo de translação da Terra em torno do Sol.


“O nosso Calendário Gregoriano baseia-se no ano trópico e institui um ano bissexto em todos os anos divisíveis por quatro, exceto para séculos inteiros, que só são bissextos se forem múltiplos de 400. Isso faz com que o instante do início de uma estação seja próximo ao instante do início da mesma estação quatro anos antes ou quatro anos depois”, finalizou o Observatório.

ESG e Economia Circular: caminhos para a inovação e corresponsabilização


ESG une políticas ligadas ao ambiente, responsabilidade social e governança.


Ser sustentável em seu dia-a-dia, em sua casa, no trabalho, empresa ou mesmo para uma indústria, deixou já há algum tempo de ser uma “moda” para ser algo essencial e urgente. O que antes poderia ser apenas uma demonstração de preocupação com o planeta e com as pessoas, hoje tornou-se uma questão de sobrevivência. E nessa realidade, o termo ESG ganha cada vez mais notoriedade, é cada vez mais falado e conhecido, em especial no setor corporativo. 

 

A abordagem ESG, que reúne as políticas de meio-ambiente, responsabilidade social e governança, visam avaliar até que ponto uma corporação trabalha em prol de objetivos socioambientais, de transparência e inclusão que vão além do  comprometimento com o mercado somente, envolvendo consumidores, fornecedores, colaboradores e seus investidores.

 

Para o coordenador pedagógico do Movimento Circular, Professor Dr. Edson Grandisoli, as empresas são atores essenciais que devem inovar e criar soluções que colaborem com o ambiente e as sociedades como um todo. A abordagem ESG incorpora essas dimensões às ações das empresas sem perder de vista a importância da sustentabilidade do próprio negócio . 

 

“Um dos caminhos que dialoga com o tripé ESG é a Economia Circular, uma vez que ela propõe um olhar globalizante e integrado para os processos de extração de recursos, produção, consumo e descarte. Ou seja, incorporar práticas ligadas à circularidade é um caminho fundamental frente às urgências socioambientais, uma vez que busca soluções com a participação de todos os atores dessa cadeia, e não simplesmente de forma isolada e pontual"

 

Muitas empresas estão comprometidas nesse sentido, em se tornar mais responsáveis e sustentáveis, como por exemplo a gigante 3M, que fabrica mais de 55.000 produtos, incluindo adesivosabrasivos, fitas adesivasequipamentos de proteção, blocos Post-it, esponjas Scotch-Brite, produtos médicos e dentários, produtos automotivos, entre outros. A empresa é parceira do Movimento Circular, que é uma iniciativa multissetorial que reúne pessoas e organizações empenhadas em disseminar ideias e práticas ligadas à Economia Circular.

 

A 3M introduziu o Programa de reciclagem de esponjas produzidas e utilizadas pela empresa. Ao invés de irem para o lixo, são coletadas e passam por um processo de reciclagem. Seus produtos são transformados em uma nova matéria-prima, chamada pellets. É vendida e utilizada para a produção de objetos como bancos, caixotes de lixo, tapetes etc. Os lucros são doados a instituições sem fins lucrativos. 

 

“Este projeto foi um grande desafio, porque a categoria de produtos é muito grande e isso fez com que fosse um desafio para promover um modelo de logística reversa. Com o Terracycle, conseguimos reunir cerca de 8.000 brigadistas voluntários no Brasil para coletar esponjas usadas e, desta forma, reincorporar na economia este material plástico que costumava acabar em aterros sanitários. Com isso, conseguimos reduzir o consumo de recursos naturais para a produção de novos produtos”, explica Marcelo Gandur – Líder do Comitê Corporativo de Sustentabilidade da 3M. 

 

Outra empresa gigante no mercado que tem se destacado na questão de ESG, e a Scania, também parceira do Movimento Circular. A Scania foi a primeira fabricante de veículos pesados a ter as metas para reduzir emissões de gases de efeito estufa das operações industriais e comerciais do grupo, aprovadas pelo Science Based Targets initiative (SBTi). A empresa estabeleceu seis metas ambientais corporativas e, entre essas metas, está o compromisso de reduzir 50% a geração de resíduos não reciclados por unidade produzida (ou 25% em valores absolutos) e reduzir 40% no uso de água por unidade produzida, entre outras ações que ainda estão em fase de planejamento. 

 

Comprometimento 

 

Para o Professor Edson Grandisoli, coordenador pedagógico do Movimento Circular, o comprometimento das empresas é um passo importante para o futuro do planeta. 

“As iniciativas da 3M e da Scania devem servir de inspiração para outros setores. É importante notar que ninguém faz nada sozinho em uma economia mais circular. Envolver diferentes atores em um processo de diálogo, cocriação e responsabilização é fundamental para a adoção de melhores práticas considerando o tripé ESG, e a Economia Circular fornece um ótimo modelo de como isso é possível e necessário”.




Sobre o Movimento Circular

Criado em 2020, o Movimento Circular é um ecossistema colaborativo que se empenha em incentivar a transição da economia linear para a circular. A ideia de que todo recurso pode ser reaproveitado e transformado é o mote da Economia Circular, conceito-base do movimento. O Movimento Circular é uma iniciativa aberta que promove espaços colaborativos com o objetivo de informar as pessoas e instituições de que um futuro sem lixo é possível a partir da educação e cultura, da adoção de novos comportamentos, da inclusão e do desenvolvimento de novos processos, produtos e atitudes.
Site: https://movimentocircular.io/
Instagram: @_movimentocircular

Mata Atlântica tem água de boa qualidade em 6,9% dos rios

 Dados são do relatório Retrato da Qualidade da Água de 2022

Mata Atlântica tem água de boa qualidade em 6,9% dos rios. © Tomaz Silva/Agência Brasil



Da Agência Brasil
Levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica mostra que apenas 11 pontos (6,9%) dos rios do bioma em monitoramento pela entidade têm água de boa qualidade.  A edição deste ano do relatório O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica considera que a maioria (75%) dos pontos dos rios tem água de qualidade regular, enquanto 16,2% apresentam qualidade ruim e 1,9% é classificada como péssima. A pesquisa foi financiada pela marca Ypê, de produtos de limpeza e higiene.

Para elaborar o documento, a fundação adotou como parâmetro o Índice de Qualidade da Água (IQA) e contou com a colaboração de 2,7 mil voluntários que integram o programa Observando os Rios, em atividade desde 2015. 


A equipe de voluntários foi a campo para realizar coletas mensalmente, no período de janeiro a dezembro de 2022, atingindo o total de 990 análises em 160 pontos de 120 rios e corpos d'água. Em relação à abrangência geográfica, ressalta-se, no relatório, que, ao todo, o trabalho abrange 74 municípios de 16 estados que integram o bioma Mata Atlântica.


Em 2021, houve redução no número de coletas, por causa da pandemia de covid-19. No total, 106 pontos foram analisados.


Ao comparar os resultados, observou-se que a qualidade média da água permaneceu a mesma, "com indicativo de pequena melhora". Segundo a pesquisa, os pontos com qualidade boa passaram de 7 para 8; os de qualidade regular, de 75 para 80; e os de qualidade ruim caíram de 21 para 15. Assim como no ano anterior, houve três pontos com qualidade péssima: todos, mais uma vez, no Rio Pinheiros, em São Paulo.


Segundo a diretora de Políticas Públicas da fundação, Malu Ribeiro, os números refletem a influência da presença humana. "São áreas bastante antropizadas [alteradas pela ação humana]. Para que a gente tenha qualidade de água boa, seria importante que esses pontos, quando são nascentes, mananciais, rios de classe 1 e 2, estivessem realmente protegidos, sem receber influência de poluição de carga difusa. A amostragem apresenta exatamente a fragilidade dos nossos recursos hídricos. Próximo de grandes centros urbanos ou de áreas com grandes atividades agrícolas e industriais, esses mananciais não estão protegidos e se situam, em média, na classe 3, isto é, com qualidade praticamente regular. Isso é um alerta", diz Malu.


Para o diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Sérgio Lucena, os dados apresentados pela fundação são "chocantes, mas não surpreendentes". Ele lembra que os números não têm mudado de modo significativo ao longo dos anos, como deveria ocorrer. "Infelizmente, porque precisam mudar para melhor. Os parâmetros são muito ruins, e isso é, com certeza, uma consequência não só do adensamento populacional, mas do mau uso da água e do solo, da terra. Na zona rural, o mau uso está provocando contaminação e, na área urbana, sobretudo, a falta de saneamento básico".


Metodologia

Em relação à metodologia, Malu explica que ela se baseia em normas nacionais e internacionais de qualidade da água. "Nós seguimos a Resolução Conama n° 357, que estabelece os parâmetros químicos, físicos biológicos e de percepção que devem ser minimamente aferidos para se obter o IQA. O nosso kit proporciona a mesma análise laboratorial que é feita pelos gestores do poder público no Brasil e em diversos países", afirma. "Esses parâmetros, consolidados, são somados, e a qualidade da água, então, é classificada em faixas, que variam de boa a péssima. O nosso kit só não faz a medição de metais pesados."


Sérgio Lucena comenta que, embora os dados do estudo tenham sua importância, devem ser lidos com reserva, já que não abrangem a totalidade de impactos, como a de rejeitos químicos e de agrotóxicos. "Essa metodologia captura os parâmetros mais importantes da qualidade de água para o uso doméstico, industrial, agrícola, mas não é uma análise que faça um diagnóstico do uso de agrotóxico. Isso é importante lembrar. Ela trata das questões de turbidez, contaminação biológica, quantidade de nitratos etc, que refletem bem a poluição por esgoto, por lixiviação [retirada de nutrientes de forma natural] do solo", ressalta.


"Não que não seja boa, é uma metodologia adequada, porque, inclusive, é um processo de participação comunitária", afirma o diretor, acrescentando que, atualmente, grande parte dos estudos que têm recortes a partir dos efeitos das indústrias na água contam com recursos de agências de fomento à pesquisa.


Financiamento

O estudo foi financiado pela marca Ypê, que já foi responsável por despejar grande volume de resíduos químicos no Córrego do Ajudante, afluente do Rio Tietê, em meados de março de 2019. Com a contaminação da água, ocorreu a morte de centenas de peixes.


A Agência Brasil pediu um posicionamento da marca Ypê sobre os recursos destinados à pesquisa, perguntando se não haveria conflito de interesse, mas a empresa não deu retorno até a publicação desta matéria.

OMN alerta sobre possível retorno do fenômeno climático El Niño

Uma mudança nas condições de temperatura, nos próximos meses, pode levar ao possível retorno do fenômeno El Niño, após três anos consecutivos de um clima influenciado pelo La Niña com padrões de chuvas em diferentes partes do mundo.


A previsão é da Organização Meteorológica Mundial, OMM, com base em estudos realizados por entidades parceiras, entre elas o UK’s Met Office, do Reino Unido.


A agência da ONU afirma que existe uma probabilidade de 15% do El Niño voltar entre abril e junho. As chances sobem para 35% entre maio e julho. E são de 55% de junho a agosto.


Confira na reportagem de Monica Grayley, da ONU News.


*Com informações da ONU News.

EUA irão enviar US$50 milhões em aporte inicial para o Fundo Amazônia


EUA confirmaram participação no Fundo Amazônia.  @RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA



Da BBC News Brasil em Washington

O governo dos EUA irá anunciar um aporte de US$50 milhões, ou R$ 270 milhões, para o Fundo Amazônia após a primeira reunião bilateral entre os presidentes americanos Joe Biden e o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio deve ser feito nos próximos dias mas foi adiantado pela BBC News Brasil por fontes do governo americano e brasileiro.


Trata-se da primeira contribuição feita pelos americanos ao fundo, que conta com cerca de R$ 3,2 bilhões doados por Alemanha e Noruega ao longo dos últimos 15 anos e que esteve congelado ao longo de toda a gestão de Jair Bolsonaro.


Como uma das primeiras medidas de seu governo, Lula reativou o fundo e a Alemanha já fez um novo depósito a ele no valor de R$192 milhões, em janeiro. A decisão de Lula de retomar o Fundo tem sido elogiada em Washington. Nesta sexta, 10/2, diante de Biden, Lula voltou a prometer atingir o desmatamento zero na Amazônia até 2030. Como resposta, o presidente americano assentiu e cruzou os dedos.


O aporte americano é relativamente baixo, mas de acordo com autoridades brasileiras o mais importante não é o recurso em si mas o compromisso firmado por Biden de trabalhar para fazer com que os demais líderes do G-7, as nações mais ricas do mundo, também contribuam para o fundo, criado para remunerar a preservação ambiental promovida pelo Brasil. 


Tratou-se se de uma decisão unilateral do governo Biden, que não foi nem pedido nem negociado, e que não estava no radar da delegação brasileira até o desembarque do presidente Lula em Washington.


"Eu discuti a necessidade de os países ricos assumirem a responsabilidade de financiar os países que têm florestas", afirmou Lula.


"E só na América do Sul, além do Brasil, temos Equador, Colômbia, Peru, Venezuela, as Guianas, ou seja, vários países que temos que cuidar. O que posso dizer é que ele (Joe Biden) vai participar do Fundo Amazônico", disse o presidente.


Promessas antigas

Lula usou quase metade de sua fala inicial a Biden para dizer que a questão ambiental e climática tem que ser tratada com urgência porque dela depende o futuro da humanidade. E afirmou que nos últimos anos o governo brasileiro atuou ativamente contra a preservação.


"Nos últimos anos, a Amazônia foi invadida pela irracionalidade política, irracionalidade humana, porque nós tivemos um presidente que mandava desmatar, mandava garimpo entrar nas áreas indígenas e mandava garimpar nas florestas que nós demarcávamos como reserva na Amazônia", afirmou Lula, em referência indireta à crise humanitária e ambiental na Terra Indígena Yanomami.


Biden já disse mais de uma vez que gostaria de criar um fundo para preservar a Amazônia.


Durante o governo Bolsonaro, o enviado climático de Biden, John Kerry, e sua equipe mantinha diálogos mensais com a equipe ambiental de Bolsonaro pressionando por reduções dos índices de desmatamento - o que nunca ocorreu ao longo do governo.


Assim, os americanos jamais concretizaram o envio de recursos à Amazônia. Em sua fala, Lula também pediu que uso sua liderança para galvanizar os demais líderes em torno do tema.


“A questão climática, se não tem uma governança global forte, que tome decisões que todos os países sejam obrigados a cumprir, não vai dar certo. Não sei qual o foro certo. Não sei se é a ONU, o G20 ou G8. Mas alguma coisa temos de fazer para obrigar os países, os congressos e empresários a acatar decisões que tomamos em níveis globais", afirmou.

COP27 encerra com acordo sobre perdas e danos: “Um passo em direção à justiça”, diz chefe da ONU

Países em desenvolvimento fizeram fortes e repetidos apelos para a criação de um fundo de perdas e danos, que compense as nações mais vulneráveis aos desastres climáticos; após perderem o prazo de sexta-feira à noite, negociadores finalmente conseguiram chegar numa conclusão.




OnuNews

Após dias de intensas negociações que se estenderam até o início da manhã de domingo em Sharm el-Sheikh, no Egito, os países da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecida como COP27, chegaram a um acordo sobre a criação de um mecanismo de financiamento para compensar as nações vulneráveis ​​por 'perdas e danos' causados ​​pelo clima desastres induzidos.


Em mensagem de vídeo, emitida no local da conferência, o secretário-geral da ONU, António Guterres disse que “esta COP deu um passo importante em direção à justiça”, e saudou a decisão de estabelecer um fundo para perdas e danos e operacionalizá-lo no próximo período, ressaltando que as vozes daqueles que estão na linha de frente do conflito da crise climática deve ser ouvida.


O chefe da ONU se referia ao que acabou se tornando o assunto mais espinhoso desta COP.


Os países em desenvolvimento fizeram fortes e repetidos apelos para a criação de um fundo de perdas e danos, para compensar as nações mais vulneráveis ​​aos desastres climáticos, e que pouco contribuíram para a crise climática.


Ele ressaltou que “claramente, isso não será suficiente, mas é um sinal político muito necessário para reconstruir a confiança quebrada”, enfatizando que o sistema da ONU apoiará o esforço em cada etapa do caminho.


Após perderem o prazo de sexta-feira à noite, os negociadores finalmente conseguiram chegar numa conclusão sobre os itens mais difíceis da agenda, incluindo uma linha de perdas e danos.


Apesar disso, ainda se discute como esse mecanismo será financiado, e o objetivo do financiamento pós-2025, além do chamado programa de trabalho de mitigação, que reduziria as emissões mais rapidamente, catalisaria ações impactantes e asseguraria garantias dos principais países de que eles vão tomar medidas imediatas para aumentar a ambição e nos manter no caminho de 1,5°C.


No entanto, embora o acordo sobre o financiamento de perdas e danos tenha sido um avanço para os vulneráveis, houve pouco avanço da COP27 em outras questões importantes relacionadas às causas do aquecimento global, particularmente sobre a eliminação gradual de combustíveis fósseis e linguagem mais rígida sobre a necessidade limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius.


O combate às mudanças climáticas continua

Guterres lembrou ao mundo o que continua sendo prioridade em relação à ação climática, incluindo a ambição de reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa e manter o limite de 1,5ºC do Acordo de Paris, e puxar a humanidade “de volta do precipício climático”.


Ele lamentou que é preciso reduzir drasticamente as emissões agora, mas esta é uma questão que a COP não abordou, dizendo que o mundo ainda precisa dar um salto gigantesco na ambição climática e acabar com o vício em combustíveis fósseis investindo “massivamente” em energias renováveis.


O chefe da ONU também enfatizou a necessidade de cumprir a promessa que vem sendo adiada de US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento, estabelecendo clareza e um roteiro confiável para dobrar os fundos para adaptação.


Guterres também reiterou a importância de mudar os modelos de negócios dos bancos multilaterais de desenvolvimento e das instituições financeiras internacionais.


Ele disse que “eles devem aceitar mais riscos e alavancar sistematicamente o financiamento privado para os países em desenvolvimento a custos razoáveis”.

Kiara Worth / O presidente da COP27, ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, defende a adoção da decisão das Partes de estabelecer um mecanismo de financiamento de perdas e danos.


Transição energética

O chefe da ONU disse que, embora um fundo para perdas e danos seja essencial, não é uma resposta se a crise climática apagar um Pequeno Estado Insular do mapa, ou transformar um país africano inteiro em deserto.


Ele renovou o apelo por parcerias de transição energética justa para acelerar a eliminação gradual do carvão e aumentar as energias renováveis ​​e reiterou o pedido que fez em seu discurso de abertura na COP27: um pacto de solidariedade climática.


Guterres explicou que é preciso “um pacto em que todos os países fazem um esforço extra para reduzir as emissões nesta década em linha com a meta de 1,5 grau. E um Pacto para mobilizar, juntamente com instituições financeiras internacionais e o setor privado, apoio financeiro e técnico para grandes economias emergentes acelerarem sua transição para energias renováveis”, ressaltando que isso é essencial para manter o limite de 1,5 grau ao alcance.


O tempo está se esgotando

Em mensagem de vídeo, Guterres destacou que a COP27 foi concluída com “muito dever de casa” a ser feito e pouco tempo para fazê-lo.


“Já estamos a meio caminho entre o Acordo Climático de Paris [2015] e o prazo de 2030. Precisamos de todas as mãos no convés para impulsionar a justiça e a ambição”, afirmou.


O secretário-geral acrescentou que isso inclui a ambição de acabar com a “guerra suicida” contra a natureza que está alimentando a crise climática, levando espécies à extinção e destruindo ecossistemas.


Para ele, “a Conferência de Biodiversidade da ONU no próximo mês é o momento de adotar uma estrutura de biodiversidade global ambiciosa para a próxima década, aproveitando o poder das soluções baseadas na natureza e o papel crítico das comunidades indígenas”.

Kiara Worth / Os chefes das delegações na COP27 conversam durante as negociações que ultrapassaram o horário em Sharm el-Sheikh, no Egito


“Compartilho da sua frustração”

O chefe da ONU também enviou uma mensagem à sociedade civil e aos ativistas que tanto se manifestaram desde o dia da abertura da conferência: “compartilho sua frustração”.


Guterres disse que os defensores do clima, liderados pela voz moral dos jovens, mantiveram a agenda em andamento nos dias mais sombrios e devem ser protegidos.


Ele disse que “a fonte de energia mais vital do mundo é o poder das pessoas”, e que “é por isso que é tão importante entender a dimensão dos direitos humanos na ação climática”, acrescentando que a batalha pela frente será dura e que “será necessário que cada um de nós lute nas trincheiras todos os dias… mal podemos esperar por um milagre.”


Ecoando esse sentimento, a jovem ativista ambiental queniana Elizabeth Wathuti disse que “a COP27 pode ter acabado, mas a luta por um futuro seguro não. Agora é mais urgente do que nunca que os líderes políticos trabalhem para chegar a um forte acordo global para proteger e restaurar a natureza na próxima Cúpula Global de Biodiversidade, em Montreal.”


Elizabeth acrescentou que “a crise interconectada de alimentos, natureza e clima está afetando a todos nós, mas as comunidades da linha de frente, como a minha, são as mais atingidas. Quantos alarmes precisam soar antes de agirmos?”


O que foi alcançado

A COP27 reuniu mais de 35 mil pessoas, incluindo representantes do governo, observadores e sociedade civil.


Os destaques da reunião incluíram, entre outros, o lançamento do primeiro relatório do Grupo de Especialistas de Alto Nível sobre os Compromissos de Emissões Líquidas Zero de Entidades Não Estatais.


O relatório criticou o greenwashing, que leva o público a acreditar que uma empresa ou entidade está fazendo mais para proteger o meio ambiente do que está, e fracas promessas líquidas zero. O documento também forneceu um guia para trazer integridade aos compromissos líquidos zero da indústria, instituições financeiras, cidades e regiões e para apoiar uma transição global e equitativa para um futuro sustentável.


Ainda durante a conferência, a ONU anunciou o Plano de Ação Executivo para a iniciativa Alerta Precoce para Todos, que prevê novos investimentos iniciais direcionados de US$ 3,1 bilhões entre 2023 e 2027, equivalente a um custo de apenas 50 centavos por pessoa por ano.


Enquanto isso, o ex-vice-presidente dos EUA e ativista climático Al Gore, com o apoio do secretário-geral da ONU, apresentou um novo inventário independente de emissões de gases de efeito estufa criado pela Climate Trace Coalition.


A ferramenta combina dados de satélite e inteligência artificial para mostrar as emissões em nível de instalação de mais de 70 mil locais em todo o mundo, incluindo empresas na China, Estados Unidos e Índia. Isso permitirá que os líderes identifiquem a localização e o escopo das emissões de carbono e metano lançadas na atmosfera.


Outro destaque da conferência foi o chamado plano mestre para acelerar a descarbonização de cinco grandes setores – energia, transporte rodoviário, aço, hidrogênio e agricultura, apresentado pela presidência egípcia da COP27.


A liderança egípcia também anunciou o lançamento da iniciativa Food and Agriculture for Sustainable Transformation ou Fast, para melhorar a quantidade e a qualidade das contribuições financeiras climáticas para transformar a agricultura e os sistemas alimentares até 2030.


Esta foi a primeira COP a ter um dia dedicado à Agricultura, que contribui com um terço das emissões de gases do efeito estufa e deve ser parte crucial da solução.


Outras iniciativas anunciadas na COP27 incluem:

• A Agenda de Adaptação de Sharm El-Sheik

• Iniciativa de Ação para Adaptação e Resiliência da Água (AWARe)

• Iniciativa Africana do Mercado de Carbono (Acmi)

• A Campanha de Aceleração da Adaptação de Seguros

• A Aliança Global de Renováveis

• Compromisso de Cimento e Concreto da First Movers Coalition (FMC)

Gênero e Água em foco no início da semana final da COP27


Programa da ONU para o Desenvolvimento enfatiza parcerias para mobilizar finanças para florestas; Aiea também marca presença no evento com o pavilhão nuclear ilustrando possibilidades da ciência e tecnologia nas ações em favor do planeta.




ONU News

A segunda semana da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP27, abre com foco no Gênero e na Água.


Com eventos paralelos e apresentações no Pavilhão do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, os atos enfatizam parcerias para mobilizar finanças do clima para florestas.

Pnud | O tema será abordado em vários ângulos, com destaque para a questão dos indígenas, o vínculo com o Acordo de Paris e as possibilidades para mulheres líderes.


Líderes

O tema será abordado em vários ângulos, com destaque para a questão dos indígenas, o vínculo com o Acordo de Paris e as possibilidades para mulheres líderes.


Na terça-feira, haverá um evento organizado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, Unfccc, e a Organização Internacional do Trabalho, OIT, com o título “Avançando Contribuições Nacionalmente Determinadas: Sinais de Progresso”.


No local, que reuniu mais de 33.449 participantes, um outro encontro destacou a energia nuclear. A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, apresentou um pavilhão exibindo a nova Iniciativa Átomos para Emissão Líquida Zero. 


Na ocasião, o diretor da Aiea, Rafael Mariano Grossi, disse que “cada vez que mais Estados com pouca ou nenhuma experiência nuclear procuram orientação sobre como cumprir suas metas climáticas” utilizando este tipo de energia. 


Ele destacou que a iniciativa deve “apoiar e garantir que ninguém seja deixado para trás em soluções climáticas”.

© Unsplash/Fabian Wiktor   Neste tópico, a agência promoveu o painel sobre Acessibilidade, Resiliência e Segurança do Fornecimento de Energia.


Acessibilidade, Resiliência e Segurança

Neste tópico, a agência promoveu o painel sobre Acessibilidade, Resiliência e Segurança do Fornecimento de Energia.


Grossi ressaltou a força da energia nuclear e o papel de áreas como ciência e tecnologia como integrantes “de uma solução, tanto para mitigar as emissões de gases de efeito estufa, quanto para se adaptar aos impactos das mudanças climáticas”.


Com mais de 40 eventos previstos para o pavilhão, Rafael Mariano Grossi disse que todos sabem a dificuldade gerada pelos desafios das mudanças climáticas.


Para ele, a presença da energia nuclear no evento demonstra haver um lugar na mesa para o tema na solução para que haja uma matriz energética descarbonizada no mundo.


Em atuação com parceiros internacionais, a agência evidencia as possibilidades da ciência e tecnologia nuclear e como estes setores integram as ações em favor do clima.

Aiea divulga dados sobre utilização de energia nuclear em 30 países

Governo Federal Angra 1 fica na Central nuclear de Angra dos Reis. Na imagem, a usina de Angra 3


Informações ajudam no desenvolvimento de programas energéticos nacionais; fonte pode ser alternativa para reduzir emissões e aumentar segurança de abastecimento; países que haviam eliminado o uso de energia atômica ponderam retomada.


Com mais países buscando alternativas nucleares para lidar com a mudança climática e segurança energética, a Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, publicou novo relatório sobre perfis de energia nuclear de diversas nações.


O documento busca mapear o status e o desenvolvimento de programas nacionais em todo o mundo, bem como apoiar o planejamento eficaz, tomada de decisões e implementação de programas, garantindo a operação segura e econômica de usinas nucleares.


Energia atômica como fonte alternativa

Segundo a diretora da Divisão de Energia Nuclear da Aiea, o documento tem atendido a necessidade de uma “visão geral de alto nível da infraestrutura de energia nuclear e desenvolvimentos de programas de energia nuclear nos Estados-membros participantes desde 1998”.


Aline des Cloizeaux adiciona que o conjunto consolidado de perfis dos diversos países que utilizam a fonte energética são atualizados anualmente e costumam ser muito acessados.


Trinta países contribuíram com informações novas ou atualizadas para a edição de 2022, desde aqueles com programas de energia nuclear operacionais e em expansão até os recém-chegados que consideram a energia nuclear, como o Cazaquistão, ou países em fase de construção, como Bangladesh e Turquia, que estão prestes a conectar suas primeiras usinas nucleares à rede.


Países que eliminaram a energia nuclear, como a Itália, ou estão considerando trazê-la de volta, como a Lituânia, também aparecem no relatório.


Tendências e infraestrutura

O texto também destaca as principais tendências, incluindo o aumento do número de compromissos nacionais com o desenvolvimento de infraestrutura de energia nuclear e maior colaboração entre os países membros da Aiea.


O relatório ainda aborda a importância do desenvolvimento de recursos humanos, progresso em pesquisa e desenvolvimento para incorporar projetos avançados de reatores, bem como a necessidade do gerenciamento da vida útil da planta para programas de operação seguros de longo prazo.


A coleta de informações formou um dos principais bancos de dados do Sistema de Informação de Reatores de Energia da agência atômica da ONU e reúne estatísticas sobre operações de usinas nucleares, energia e uso de eletricidade diretamente de contribuições nacionais.


Os países que participaram este ano incluem Argentina, Armênia, Bangladesh, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, China, República Tcheca, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Irã, Itália, Coreia do Sul, México, Países Baixos, Turquia, Paquistão, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, África do Sul, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.


Os relatórios compilados foram atualizados por coordenadores nacionais nomeados pelo governo. Os perfis são autônomos e possuem informações fornecidas oficialmente pelas respectivas autoridades.

Greca vistoria obras de implantação do novo parque da cidade, o Pinhal de Santana

Avançam as obras de implantação do mais novo parque de Curitiba. O Pinhal de Santana, no bairro Campo de Santana, tem previsão de entrega para o mês de novembro e foi vistoriado nesta sexta-feira (26/8) pelo prefeito Rafael Greca. No local, há frentes de trabalho das secretarias municipais do Meio Ambiente e de Obras Públicas.

Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Prefeito Rafael Greca acompanhado da secretária do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias e do secretário de Obras Públicas Rodrigo Araújo Rodrigues, vistoriam as obras de implantação do Pinhal de Santana, no Campo de Santana. Curitiba, 26/08/2022.

A área de mata nativa tem 350 mil metros quadrados e fica na Rua Delegado Bruno de Almeida, em frente à aldeia indígena Kakané-porã, na Regional Tatuquara. “Esse pinheiral nativo, além de área de conservação, vai se transformar em um espaço de lazer e convívio para as famílias da região”, destacou Greca.

Acompanhado da secretária do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias, o prefeito conferiu o andamento da reforma da construção preexistente no espaço, que será destinada às atividades da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude. Também estão em obras a sede da Guarda Municipal e o parquinho inclusivo, com piso emborrachado. A pista de caminhada, com extensão aproximada de 700 metros, foi finalizada. 

Ainda estão previstas colmeias do programa de polinização Jardins de Mel, uma quadra poliesportiva e muita área verde para descanso, contemplação e lazer.

Com a entrega do Pinhal de Santana, Curitiba vai passar a contar com 45 parques e bosques entre as suas unidades de conservação. Há cerca de um ano o projeto foi apresentado ao prefeito pela equipe da Secretaria do Meio Ambiente na unidade de conservação. Na ocasião, foi feito o plantio de 100 novas mudas de árvores nativas, entre elas 50 araucárias.

"A ampliação de áreas verdes e o plantio de árvores estão entre as estratégias de enfrentamento e mitigação das mudanças climáticas", disse a secretária Marilza Dias.


Pavimentação

Para a implantação do novo parque público, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) executou obras de infraestrutura na região. O acesso ao local, pela Rua Delegado Bruno de Almeida, e a área reservada ao estacionamento receberam 500 metros de pavimentação.

Também foi implantado sistema de drenagem, com galerias de águas pluviais, bocas de lobo e meio-fio. A pista que levará as pessoas ao parque receberá ainda uma nova camada de pavimentação, após a conclusão das obras que estão em execução sob coordenação da Secretaria do Meio Ambiente. 

Nesta sexta-feira (26/8), as equipes da Smop iniciaram a instalação de 16 luminárias na tecnologia LED, que gastam menos energia e iluminam melhor. 

“A partir da determinação do prefeito Rafael Greca, de trabalho integrado na administração municipal para a assegurarmos qualidade de vida à população, temos trabalhado em obras que contribuem para a criação de mais um importante espaço de preservação, um local com áreas verdes e espaço para atividades físicas e o lazer das famílias, em especial as que vivem na região sul da cidade”, disse Rodrigo Araújo Rodrigues, secretário de Obras Públicas, que acompanhou a visita.

Participaram da vistoria, o assessor de Articulação Política, Lucas Navarro de Souza; o superintendente de Obras e Serviços da Secretaria do Meio Ambiente, Jean Brasil; o diretor de Parques e Praças, Giovando Romanine; o diretor de Iluminação Pública, Tony Malheiros; o administrador da Regional Tatuquara, Marcelo Ferraz Cesar; e os arquitetos da Secretaria do Meio Ambiente Fernando Canalli e Loreley Motter Kikuti, responsável pelo projeto.   

Informações da SMCS

Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Obras de implantação do Pinhal de Santana, no Campo de Santana. Curitiba, 26/08/2022. 



Mudanças na publicidade de licenças ambientais

Imagem de Joe por Pixabay natureza-árvore-alvorecer-panorama


Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

O Paraná terá alterações na publicidade, em Diário Oficial, das licenças ambientais emitidas. De acordo com o Instituto Água e Terra (IAT), são três mudanças que passam a vigorar a partir desta quinta-feira (05), frutos da revisão da Resolução CEMA 107/2020, do Conselho Estadual do Meio Ambiente.

A publicação em Diário Oficial não será mais responsabilidade do empreendedor e sim do órgão ambiental, e acontecerá de maneira automática; o caderno da publicação será do Executivo e não mais da Indústria, Comércio e Serviços; e a taxa de publicação no valor de R$ 45,00 ficará incorporada à taxa de emissão do documento.

O empreendedor continua com a responsabilidade de dar publicidade em Diário Oficial do pedido de licenças. Ao órgão ambiental caberá a publicação, no Caderno Oficial do Estado, da concessão da licença. De acordo com o diretor-presidente do IAT, José Volnei Bisognin, isso facilita muito a vida do empreendedor, porque a publicidade é um trabalho que, além de onerá-lo, é bastante burocrático.

Ele explica, ainda, que de acordo com a legislação, uma licença ambiental somente é considerada válida após sua publicidade em Diário Oficial.


“Hoje, o empreendedor tem que publicar em Diário Oficial o momento em que pede a licença ambiental e quando recebe o parecer favorável também. E, muitas vezes, os empreendedores acabavam não fazendo essa publicação, o que gera problemas até mesmo no trâmite da licença”, diz Bisognin.


Centros de atendimento à fauna silvestre recebem recursos de contrapartidas ambientais

PROCEDIMENTO - Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

INOVAÇÃO – Para a efetivação das mudanças no processo de publicidade das licenças ambientais foram necessárias adaptações nos sistemas do órgão ambiental. “A evolução dos sistemas de informação do IAT fazem parte do nosso processo de transformação digital, buscando sempre, além de cumprir a legislação, trazer mais agilidade e facilidade para os usuários”, destaca a chefe do Núcleo da Inteligência Geográfica e da Informação do IAT, Jaqueline Dorneles.

As modalidades que serão atendidas nesse sistema são: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO), Licença Ambiental Simplificada (LAS), Licença por Adesão e Compromisso (LAC), Renovações e Ampliações dessas Licenças.


Custo de Publicação

Valores praticados conforme Autorização Governamental

CUSTO DE PUBLICAÇÃO

  • Diário Oficial Executivo (Poder Executivo Estadual) - R$ 26,00 (centímetro)
  • Diário Oficial Comércio, Indústria e Serviços - R$ 30,00 (centímetro)

 

PÁGINA INTEIRA

Diário Oficial Comércio, Indústria e Serviços

  • R$ 1.620,00 (17 x 27 cm) - A4
  • R$ 2.790,00 (25 x 31 cm) - Tabloide
  • R$ 5.709,00 (30 x 52 cm) - Página dupla

SÚMULAS DE LICENÇA AMBIENTAL

Diário Oficial Comércio, Indústria e Serviços - R$ 45,00 (cada)

As matérias devem estar formatadas dentro das NORMAS DE PUBLICAÇÃO.


O que é Licenciamento Ambiental?



Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso (Resolução CONAMA nº 237/1997).

O Desenvolvimento Sustentável está relacionado às áreas ambiental, social e econômica. É ele o responsável por assegurar o equilíbrio econômico e a qualidade de vida. Ademais, o desenvolvimento sustentável é capaz de compor todas as necessidades da atual geração, sem que ocorra qualquer tipo de comprometimento na capacidade de atender gerações futuras. Ou seja, não finda com recursos futuros.

No Estado do Paraná, a Resolução CEMA nº 107, de 09 de setembro de 2020, que dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece critérios e procedimentos a serem adotados para as atividades poluidoras, degradadoras e/ou modificadoras do meio ambiente, e adota outras providências que tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável no Estado do Paraná em conformidade com as exigências técnicas e jurídicas do licenciamento ambiental.

Dom Evaristo: a Igreja cobra do Estado uma apuração séria dos assassinatos


"Muitos defensores dos direitos dos povos, dos territórios, e das florestas são constantemente assassinados, isso já encarado como um fato normal": declaração de dom Evaristo e da prof. Marcia Maria de Oliveira – Assessora REPAM.


Silvonei José - Vatican News

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), por meio da sua presidência, composta pelo bispo da Prelazia de Marajó (PA), Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM, (presidente), o arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães (vice-presidente) e o bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM), Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, sdv, (secretário), divulgou na tarde da última quarta-feira uma nota na qual exige providências urgentes do governo frente às mortes e degradação no território amazônico. 

“É indispensável o desenvolvimento de ações rápidas do Estado brasileiro, por meio do Governo Federal, Congresso Nacional e Ministério Público, para conter o avanço destruidor sobre a Amazônia. É necessário não só prestar esclarecimentos sobre o desaparecimento de Bruno e Dominic, mas agilidade nas apurações, e punição dos responsáveis por tantas mortes e tanta dor que pesam sobre a Amazônia, seus povos e seus defensores”, diz trecho da nota

O presidente da REPAM-Brasil, Dom Evaristo Pascal Spengler conversou com a Rádio Vaticano - Vatican News:

A morte do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, traz à tona a insegurança e as ameaças em que há décadas vivem os Defensores dos direitos dos povos da Amazônia e de seus territórios como os indígenas, os quilombolas e os ribeirinhos. 

Essa situação persiste por que na Amazônia impera a ilegalidade em vários setores, principalmente na pesca predatória, na mineração, e na estração de madeira. 

Constantemente esses setores ilegais aliam-se ao tráfico de drogas, ao tráfico de armas, e ao tráfico de pessoas. É conhecida a dificuldade logística na região Amazônica, e o Estado brasileiro é ausente, inerte, omisso em muitas partes da Amazônia.

O Vale do Javari onde ocorreram as mortes recentes é um retrato fiel dessa realidade. É imperativo na Amazônia uma presença firme do Estado para curar não só as mortes do Dom Philips e do Bruno, talvez esse fato repercutiu, porque envolveu um estrangeiro.

Muitos defensores dos direitos dos povos, dos territórios, e das florestas são constantemente assassinados, isso já encarado como um fato normal, quem apurou as suas mortes? 

A Igreja cobra do Estado brasileiro uma apuração séria dos que foram assassinados por defenderem os povos e o bioma amazônico, e pede proteção a todos aqueles que se encontram ameaçados na Amazônia.

A Rádio Vaticano - Vatican News também ouviu a prof. Márcia Maria de Oliveira _ Universidade Federal de Roraima - UFRR, Assessora da REPAM:

O posicionamento da nota emitida pela rede eclesial pan-amazônica - REPAM com muita coragem exigindo que se faça investigação séria, que se faça justiça no caso do assassinato covarde do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips é uma mensagem de muita esperança no contexto em que todos os dias defensores e defensoras da Amazônia estão sendo ameaçados, torturados e assassinados. 

O caso desses dois companheiros nesta semana não são casos isolados, todos os dias ocorrem assassinatos em toda a região pan-amazônica.

Somente de 2019 para cá foram seis indígenas, lideranças do Movimento em defesa da Amazônia que foram assassinados. Famílias inteiras, como o que vem ocorrendo também com os camponeses que se posicionam em defesa da Amazônia.

Então, os defensores e defensoras da floresta correm risco de vida o tempo todo por defenderem a criação, por defenderem a casa comum e se posicionarem firmemente com os valores da ecologia integral exigindo que os bens que aqui estão, sejam bens compartilhados entre os que vivem nessa região e não levados, de forma comercializada, por aqueles que não vivem e não cuidam da região. Por aqueles que só querem extrair de forma predatória os recursos que alimentam, que garantem a vida dos povos que vivem na Amazônia.

É uma questão de justiça, é uma questão de cuidar da Casa Comum, de se posicionar firmemente frente à obra da criação, mas que tem custado muitas vidas. Então, todo apoio, toda a pressão internacional que nós conseguirmos neste momento será muito importante para fazer justiça no caso de Bruno e Dom mas também nas diversas situações de morte que nós tivemos nos últimos anos na Amazônia. De modo especial por conta de um posicionamento do governo que realmente assumiu extrair da região todas as suas riquezas, todos os seus recursos, por grupos que não tem nenhum compromisso com a Amazônia, não tem nenhuma vivência nenhuma relação com a Amazônia.


©1999 | 2024 Jornal de Curitiba Network BrasilI ™
Uma publicação da Editora MR. Direitos reservados.