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Refúgio da Vida Silvestre dos Guarás: Paraná vai ganhar a 74ª Unidade de Conservação

 Complexo ambiental no Litoral vai agrupar seis pequenas ilhas encravadas na Baía de Guaratuba: Araçá, Garças, Perigo, Capim do Meio, Capim e Garcinha e terá como objetivo preservar a vida dos Guarás, ave-símbolo da região.




Guará. Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST-PR


@AEN

O Paraná terá uma nova Unidade de Conservação (UC). O Refúgio da Vida Silvestre dos Guarás vai agrupar seis pequenas ilhas encravadas na Baía de Guaratuba, no Litoral – Araçá, Garças, Perigo, Capim do Meio, Capim e Garcinha. Esse será o 74º complexo ambiental administrado pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

O governo federal já consentiu a cessão dos espaços, que estão em processo final de incorporação pelo patrimônio do Governo do Estado.

Diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto explica que a nova UC será de Proteção Integral, ou seja, com o objetivo de preservar a natureza, admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais com foco na preservação da biodiversidade local. No caso do Refúgio dos Guarás, o espaço será liberado para pesquisas científicas voltadas para o cuidado com as aves.

“O Refúgio da Vida Silvestre dos Guarás já está situado em uma área de proteção permanente, que é a APA de Guaratuba. O que nós vamos fazer é um ordenamento, um controle de acesso para o monitoramento das aves. Afinal, elas já estão lá, aquele espaço é delas”, afirma Andreguetto.

“O que vemos é que muitos barqueiros encostam nessas ilhas e acionam as buzinas para que as aves voem e eles possam fazer fotos. Não é certo. É isso que nós vamos regrar”, acrescenta.

Andreguetto explica que o pássaro de pelagem vermelha é símbolo do litoral paranaense. Segundo dados do Instituto Guaju, parceiro do IAT em ações de conservação da espécie, o guará voltou a se instalar na Baía de Guaratuba após décadas – a ave chegou a ficar extinta por cerca de 80 anos, retornando em 2008.

Esses animais desempenham um importante papel nos manguezais. A espécie é vista com maior incidência em Guaratuba (terra de muitos guarás) e Guaraqueçaba (lugar de guarás), nomes de origem indígena e que fazem referência à ave. “Esses animais desempenham um importante papel nos manguezais, colaborando com todo o ecossistema litorâneo”, diz o diretor.

LEGISLAÇÃO – Levantamento do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do Instituto Água e Terra aponta a existência de 3.453 ilhas no Estado, sendo 2.835 fluviais, 354 marítimas, 65 mistas e 194 lacustres (lagos de água doce). A União é quem tem a titularidade sobre essas ilhas.

No caso do território da Baía de Guaratuba, que é atualmente o habitat dos guarás, o governo federal já concordou com o termo de cessão, que valerá por tempo indeterminado. A Secretaria de Estado do Planejamento está finalizando os trâmites para incorporação do patrimônio natural, previsto para ocorrer até o começo de 2025.

ÁREA VERDE – O Paraná possui hoje 73 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, das quais 25 estão atualmente abertas para visitação geral. Esse montante compreende mais de 26.250,42 km² de áreas protegidas por legislação, formadas por ecossistemas livres que não podem sofrer interferência humana ou aquelas com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais, como os parques abertos à visitação pública.

Essas áreas de proteção são divididas em UCs estaduais de Uso Sustentável, com 10.470,74 km²; UCs estaduais de Proteção Integral (756,44 km²); Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur), 152,25 km²; e Áreas Especiais e Interesse Turístico (AEIT), com 670,35 km², todas com administração do Governo do Estado.

O cenário se completa com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, as chamadas RPPNs, que somam atualmente 553,83 km²; terras indígenas, com 846,87 km²; e Unidades Federais, de 8.840,39 km², sendo o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a área mais simbólica; e Unidades Municipais (3.959,55 km²), como o Parque Barigui, em Curitiba.

Mais informações sobre os parques estaduais estão disponíveis no site do IAT.

Primeiro headland começa a ganhar forma na Orla de Matinhos


O headland é um pouco maior que o espigão, com 120 metros de comprimento. Ele serve para garantir a segurança na estabilidade da areia da praia, cuja etapa de engorda terminou no dia 19 do mês passado.

Primeiro headland começa a ganhar forma na Orla de Matinhos 
Por Agência Estadual de Noticías

Já é possível ver os traços do primeiro headland (cabeça, forma de relevo costeira) que será construído dentro do Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos, no Litoral. Serão dois headlands, um no balneário Riviera e outro no balneário Flórida. Ele tem a mesma função do espigão que está em construção na altura do Pico de Matinhos, em Caiobá. Eles servem para garantir a segurança na estabilidade da areia da praia, cuja etapa de engorda terminou no dia 19 do mês passado.


O headland é um pouco maior que o espigão, com 120 metros de comprimento. Para sua construção, serão usados 16.535 metros cúbicos de areia para preencher os geotubos (tubos de geotêxtil preenchidos com areia para compor o núcleo da estrutura), 9.966 metros cúbicos de pedras e 839 tetrápodes (estruturas de concreto que evitam possíveis danos causados pela maré alta).


A implantação do headland é um processo complexo com previsão de 120 dias de duração de obra. São feitos serviços de escavação e dragagem para que se atinja a cota de fundo das estruturas. Em seguida serão colocados os tapetes de ancoragem que funcionarão como um embasamento para o núcleo, composto pelo mesmo material dos tubos de geotêxtil.


O preenchimento dos tubos de geotêxtil, logo depois, será feito por meio de uma draga que bombeará uma mistura de água e areia para dentro da estrutura, que se assemelha a uma bolsa. No topo das estruturas, será executada uma camada em concreto ciclópico que funcionará como um piso a ser, posteriormente, integrado ao projeto paisagístico de revitalização urbanística da orla.


ESTRUTURAS MARÍTIMAS – O espigão em Caiobá e os dois headlands (nos balneários Riviera e Flórida) integram as estruturas marítimas a serem construídas al longo dos 6,3 km da Orla de Matinhos. As obras são executadas pelo Consórcio Sambaqui, vencedor da licitação pública.


O investimento total do Governo do Estado é de R$ 314,9 milhões para obras e engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico (etapa já concluída), estruturas marítimas semirrígidas (espigão, dois headlands, dois guias-correntes), e obras em canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem, além de revitalização urbanística da praia e da calçada com o plantio de árvores nativas, e melhorias na pavimentação asfáltica e a recuperação de vias.


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